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Nintendo afirma que modelo de pagamento de Super Mario Run rendeu menos que o esperado, mas seguirá adotando-o

A Nintendo, pelo que tudo indica, continua bastante dedicada ao primeiro jogo do famoso encanador italiano para plataformas móveis de terceiros. Anteontem, a gigante japonesa lançou a versão 2.0 de Super Mario Run na App Store e ainda disponibilizou a aguardada versão do jogo para Android, potencialmente atraindo mais hordas de fãs e jogadores casuais para o aplicativo.

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Ainda assim, aparentemente, nem tudo são flores: a mecânica de jogo e a relativa facilidade de Super Mario Run foram alvos de críticas, bem como o seu preço alto (ao menos para um jogo de smartphone), de US$10 para liberar o conteúdo completo. Talvez por isso, o presidente da Nintendo, Tatsumi Kimishima, declarou numa entrevista à publicação japonesa Nikkei que a receita proveniente de Super Mario Run foi menor que a esperada; ainda assim, entretanto, a empresa vai continuar com o esquema nos seus próximos títulos.

Miyamoto apresentando o jogo Super Mario Run no evento especial de setembro da Apple

A razão da Nintendo para adotar o modelo de pagar apenas uma vez para ter acesso ao jogo completo já foi explicada em outras oportunidades: a empresa, muito cara ao público infanto-juvenil, tomou a decisão baseada na ideia de que os pais estariam mais tranquilos em saber que seus filhos não gastariam somas absurdas de dinheiro em In-App Purchases (como já vimos acontecer em diversas outras ocasiões). E, apesar de a gigante japonesa já ter outros jogos nas plataformas móveis com outros modelos de pagamentos — como Fire Emblem Heroes, que Kimishima chama de um “caso isolado” —, a ideia dela é continuar adotando o modelo tradicional daqui pra frente.

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Mais preocupada está a gigante japonesa, segundo o seu CEO, em expandir suas propriedades intelectuais ao máximo possível de jogadores ao redor do mundo do que simplesmente fazer a maior quantidade de dinheiro que puder. A estratégia, obviamente, faz todo o sentido: quanto mais conhecidas as franquias da Nintendo — e aqui vamos tirar as mundialmente famosas como Mario, Pokémon ou Zelda e focarmo-nos nas menos célebres —, maior a atração dos gamers aos consoles da empresa, onde moram os títulos mais completos e, obviamente, o lucro mais significativo.

O próximo título da Big N a chegar aos smartphones será o aguardado Animal Crossing, que deveria ser lançado neste mês mas foi adiado para alguma data neste primeiro semestre. Ainda não se sabe qual será o modelo de pagamento adotado para o seu novo jogo, muito embora, considerando as palavras do executivo, seja salutar apostar numa solução parecida com a de Super Mario Run.

O maior trabalho da Nintendo neste segmento, portanto, será convencer os “gamers de smartphone” de que trocar eventuais compras menores, de US$1 ou US$2, por uma compra única de cinco ou dez vezes este valor pode ser uma opção atrativa. Sim, US$10 assustam a princípio e certamente afugentaram muita gente de jogar Super Mario Run, mas, pensando bem, talvez seja uma estratégia mais honesta do que apelar para o impulso e para as crianças desavisadas. O que vocês acham?

[via MacRumors]

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