Como previsto, a Apple acaba de revelar seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre fiscal de 2017, finalizado em 1º de abril.
Na divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a companhia havia previsto que fecharia este com uma receita entre US$51,5 e US$53,5 bilhões. Ela fechou o período em US$52,9 bilhões, com lucro líquido de US$11 bilhões e ganhos por ação diluída de US$2,10. Os resultados comparam-se a US$50,6 bilhões, US$10,5 bilhões e US$1,90, respectivamente, há um ano. Vendas internacionais compreenderam 65% de todo o faturamento trimestral.
Os números por linhas de produtos:
- iPhone: 50,8 milhões de unidades (-1%), US$33,2 bilhões (+1%)
- iPad: 9 milhões de unidades (-13%), US$3,9 bilhões (-12%)
- Mac: 4,2 milhões de unidades (+4%), US$5,8 bilhões (+14%)
- Serviços: US$7 bilhões (+18%)
- Outros: US$2,9 bilhões (+31%)
No segundo trimestre fiscal de 2016, um complicado para a Apple, ela havia vendido 51,2 milhões de iPhones. Ou seja, a redução para 50,8 milhões é negativa (Wall Street apostava em 52 milhões) — embora o faturamento em si tenha crescido 1%, provavelmente impulsionado por uma maior venda dos modelos Plus. iPads continuam na mesma queda que temos visto há vários trimestres, Macs foram muito bem e a dupla Serviços/Outros está melhor do que nunca.
Eis a declaração do diretor executivo (CEO), Tim Cook:
Estamos orgulhosos em divulgar um forte trimestre de março, com o crescimento em receita acelerando desde o trimestre de dezembro e com uma demanda robusta contínua pelo iPhone 7 Plus. Nós observamos uma ótima resposta de consumidores a ambos os modelos do novo iPhone 7 (PRODUCT)RED Special Edition e estamos contentes com o forte momento do nosso negócio de Serviços, com a maior receita na história para um trimestre de 13 semanas. Olhando à frente, estamos empolgados em receber participantes de todo o mundo na nossa Worldwide Developers Conference anual, no mês que vem, em San Jose.
E a do diretor financeiro (CFO), Luca Maestri:
Nós geramos um fluxo de caixa operacional de US$12,5 bilhões e devolvemos mais de US$10 bilhões aos nossos investidores no trimestre de março. Dada a força do nosso negócio e a nossa confiança no futuro, estamos felizes em anunciar hoje outro aumento de US$50 bilhões ao nosso programa de retorno de capital.
Com esse novo aumento, já aprovado pelo conselho administrativo da Apple, o programa será estendido por mais quatro trimestres e terá pago um total de US$300 bilhões até o fim de março de 2019. Desde agosto de 2012, ela já retornou US$211 bilhões a acionistas — incluindo US$151 bilhões em recompra de ações.
O conselho da Apple também aprovou um aumento de 10,5% nos dividendos trimestrais da companhia, declarando agora um dividendo de US$0,63 por ação comum da Apple, pagável em 18 de maio de 2017 a todos os acionistas registrados ao fechamento dos negócios em 15 de maio de 2017.
Olhando à frente para o terceiro trimestre fiscal de 2017, a Apple prevê uma receita entre US$43,5 e US$45,5 bilhões, margem bruta entre 37,5% e 38,5%, gastos operacionais entre US$6,6 e US$6,7 bilhões, outras receitas/(despesas) de US$450 milhões e uma taxa de impostos de 25,5%.
Como sempre, a Apple iniciará em instantes — às 18h, pelo horário de Brasília — uma conferência ao vivo, em áudio, para discutir esses números e responder perguntas de analistas/jornalistas. O MacMagazine fará posteriormente um compilado de todos os destaques que rolarem por lá, fiquem ligados!
Atualização · 02/05/2017 às 17:53
A reação imediata de Wall Street aos resultados da Apple não foi boa: neste momento, a $AAPL cai 1,66% nas negociações pós-fechamento dos pregões da NASDAQ, agora cotada a US$145,02.
Hoje mesmo ela fechou em alta pelo segundo dia consecutivo, registrando um novo recorde histórico para a empresa.