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CTO da Basecamp classifica Apple como “mafiosa” após cliente de email ser rejeitado na App Store

Bem no dia em que a Comissão Europeia lançou uma investigação sobre a loja
App de email Hey, da Basecamp

Que tal uma pequena dose de polêmica para apimentar a terça-feira? Pois aqui está ela — estrelando a App Store e a Basecamp, desenvolvedora do novo aplicativo de email HEY.

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Em uma entrevista ao Protocol, o desenvolvedor Zach Waugh (um dos diretores da Basecamp) explicou o imbróglio: a primeira versão do HEY foi aprovada na App Store na semana passada sem grandes intercorrências. Os problemas começaram na última segunda-feira, quando a equipe enviou para aprovação a versão 1.0.1 do app, contendo apenas algumas correções de bugs.

De acordo com Waugh, a Apple rejeitou a atualização porque ela violava os termos de uso da App Store. O HEY é um serviço de email que funciona somente via assinatura — um pagamento de US$100 anuais. A questão é que a assinatura do aplicativo não está disponível dentro do app: usuários precisam realizar a transação no site do HEY e, em seguida, fazer o login no aplicativo.

Esse é um método utilizado por certas plataformas, como a Netflix e o Spotify: ao “contornar” o sistema de pagamentos da Apple, os desenvolvedores conseguem evitar o pagamento de 30% (ou 15% em alguns casos) das receitas das assinaturas para a Maçã. Não há nada de irregular nisso — a única coisa que a Apple proíbe é que os aplicativos do iOS contenham links e avisos direcionando os usuários para a assinatura fora da sua plataforma. O HEY não contém nenhum link do tipo, apenas um aviso na página de ajuda afirmando que não é possível fazer a assinatura dentro do app.

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Ao negar a versão 1.0.1 do aplicativo, a equipe da App Store citou a regra 3.1.1 da plataforma e afirmou que, para oferecer serviços pagos em aplicativos distribuídos na loja, era necessário utilizar o sistema de In-App Purchases do iOS. Caso contrário, o aplicativo poderia ser removido por completo de lá.

David Heinemeier Hansson, CTO e fundador da Basecamp, foi ao Twitter expressar sua indignação:

Uau. Estou literalmente pasmo. A Apple acabou de reforçar sua rejeição ao HEY e à introdução de correções de bugs e novos recursos, a não ser que nós nos sujeitemos à sua exigência absurda de 15% a 30% da nossa receita. Pior ainda: nos disseram que, se nós não cumprimos com a exigência, vão REMOVER NOSSO APP.
No dia em que a União Europeia anunciou que investigará as práticas abusivas da App Store, o HEY tornou-se vítima dessas mesmas políticas capciosas, exploradoras e inconsistentes de extorsão. Fica evidente que eles se sentem encorajados a apertar os parafusos sem medo de consequências regulatórias.

Como qualquer bom mafioso, eles nos visitaram por telefone. Afirmaram que, primeiramente, quebrar nossas janelas (ao nos negar a possibilidade de consertar bugs) não foi um erro. Então, sem sequer um eufemismo de cortesia, disseram que queimariam nossa loja (ou seja, remover nosso app) a não ser que pagássemos.

Como citado por Hansson, a Apple já está navegando em águas turvas com suas políticas da App Store há algum tempo — tanto é que hoje, após meses de reclamações por parte de desenvolvedores, a Comissão Europeia lançou uma investigação sobre a empresa e possíveis práticas abusivas.

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A Basecamp reiterou que não vai alterar sua política de assinaturas, e o impasse, portanto, continuará. Teremos de aguardar para ver se a rejeição do app será mantida ou se a Maçã há de voltar atrás.

via iMore

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