Na semana passada, nós falamos sobre o Nucleus 7 Sound Processor, o primeiro implante/aparelho auditivo criado pela empresa Cochlear em parceria com a Apple, utilizando controles nativos do iOS.
Apesar de essa empresa ter sido a primeira a aplicar isso, o que a Maçã fez foi disponibilizar um protocolo gratuito que pode ser utilizado por qualquer outra empresa que deseja usufruir da tecnologia. Em uma nova matéria da WIRED, Steven Levy citou exemplos de uso e também contou alguns detalhes sobre essa novidade.
An #accessibility breakthrough for people with hearing loss. Proud of our team's work with @CochlearUS https://t.co/YJguB6WC21 @WIRED
— Tim Cook (@tim_cook) 3 de agosto de 2017
Um avanço em acessibilidade para pessoas com perda auditiva. Orgulhoso do trabalho da nossa equipe com a @CochlearUS http://apple.co/2uW72wD @WIRED
Anteriormente, a tecnologia Bluetooth LE (Low Energy) já era utilizada para conectar aparelhos auditivos a outros dispositivos e fazer a troca de dados. Mas em 2014 — sabe-se lá o motivo de isso só ter aparecido agora —, a Apple criou o Bluetooth LEA (Low Energy Audio), que utiliza a mesma tecnologia com o propósito de transmitir também áudio em ótima qualidade, sem consumir tanto a bateria dos aparelhos (algo muito importante por conta do tamanho das baterias desses aparelhos/implantes auditivos).
Nós escolhemos a tecnologia Bluetooth LE porque essa era a menor potência de rádio que possuímos em nossos telefones. Passamos muito tempo ajustando esse recurso para atender aos requisitos da tecnologia de bateria usada nos aparelhos auditivos e nos implantes cocleares.
—Sriram Hariharan, gerente de engenharia da equipe Core Bluetooth, da Apple.
Este novo aparelho auditivo pode usufruir de todos os recursos que a Apple já implementou no iOS 10 para dispositivos MFi, como visualizar nativamente a bateria, controlar volume e até utilizar a geolocalização para o aparelho se ajustar automaticamente ao entrar em ambientes específicos como, por exemplo, cafeteiras, restaurantes, etc., conforme afirmou a Wigal Solutions.
Outro recurso incrível apresentado pela Maçã no iOS 10 foi o “Ouvir ao Vivo” (Live Listen), que permite aos usuários com deficiência auditiva utilizarem o microfone do iGadget para focar o áudio captado pelo aparelho em uma direção específica. Isso ajuda, por exemplo, quando o ambiente é muito barulhento e existem muitos sons sendo captados.
Confira no vídeo uma demonstração do quão incrível é:

Além de tudo isso, com os aparelhos, os usuários podem conectar o iPhone normalmente ao implante e ouvir conteúdos como músicas, podcasts, vídeos, audiolivros, ligações no FaceTime, conversar com a Siri, entre outras coisas.
O Nucleus 7 Sound Processor é à prova de respingos e, com a capa de proteção Aqua+ (vendida separadamente), ele se torna totalmente à prova d’água. Ele é compatível somente com os dispositivos da Apple, porém é possível reproduzir áudios de dispositivos rodando Android com o Cochlear Wireless Phone Clip, outro produto da empresa.

Vale lembrar que esse tipo aparelho é para aqueles que sofrem de perda de audição (moderada a profunda) e fizeram uma cirugia para ter um implante coclear (saiba aqui a diferença).
Ainda que haja uma resistência bastante forte na cultura surda, aqueles que nasceram escutando podem sofrer bastante com a perda da audição. Para quem opta por fazer a cirurgia e a fim de tentar recuperar um pouco da audição, os relatos dos usuários deste aparelho em específico têm sido bastante positivos.
O Nucleus 7 Sound Processor chegará às lojas em outubro.
via AppleInsider