Mesmo nos países onde operadoras possuem contratos exclusivos com a Apple, as vendas do iPhone não têm contribuído em nada para aumentar a sua popularidade, conforme mostra um estudo recente da Strand Consult. Além de serem forçadas a ceder bastante dinheiro para subsidiar a entrada dos aparelhos em seus respectivos países, as telecoms não sentem mudanças em seu percentual de mercado ou em lucros trimestrais.
A situação é um tanto preocupante: a cada bimestre desde que foi apresentado ao mercado, o iPhone 3G cresceu mais e mais em vendas, sendo hoje distribuído em 80 países. Mas nenhuma operadora (nem mesmo a AT&T, nos Estados Unidos) tira proveito desse sucesso da forma que deveria, mesmo responsabilizando-se por vendas, serviços e — no caso do Brasil — suporte.
Além da AT&T, foram destacadas na pesquisa a SingTel — que vende o celular da Apple na Ásia centro-meridional e nos Tigres — e também a TeliaSonera, responsável pelas operações móveis da empresa na Europa setentrional. “Quando olhamos para os números, não conseguimos ver o efeito do iPhone nas operadoras — muitos concorrentes estão se desempenhando melhor”, diz o estudo.
Algumas empresas ouvidas no estudo também admitem que certas operadoras estão buscando alternativas ao iPhone, na esperança de aumentar seus lucros. Realmente, uma operadora não trabalha para uma empresa, ao ostentar lucros em todos os lados possíveis — falando nisso, o Palm Pre e alguns smartphones com Android podiam vir para o Brasil e tornar esse setor mais competitivo, não acham?
[Via: Reuters.]