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Novas tecnologias, velhos costumes

Sempre que falamos de um novo produto ou tecnologia, pensamos em novos costumes que eles vão criar, mas nem sempre lembramos que velhos costumes também podem se aproveitar e ganhar de volta o seu espaço. Sabe quando você compra um iPod e (mesmo que a ideia nunca seja colocada em prática) você até pensa em fazer caminhadas? Hehe!

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O assunto deste artigo foi algo que me despertou a curiosidade brincando com um iPad.

No primeiro dia com o gadget em mãos, eu comprei gibis — coisa que não faço desde os 12 anos de idade, ou seja, há 12 anos! Eu costumava comprar vários comic books, mas lembro que o preço subiu muito, as bancas pulavam edições ou paravam de vender sem explicação, e acabei abandonando o hábito.

Minha primeira compra in app no iPad foi um gibi da Marvel: li em menos de meia hora e já comprei o próximo. Não precisei voltar à banca, nem procurar em meio a revistas, nem correr o risco de ir lá à toa por não ter a edição em estoque. Não precisei nem pegar a carteira do bolso, pois, terminando de ler, um botãozinho já me levou à continuação da história. Isso é tão perigoso (financeiramente) que estabeleci uma regra: só vou comprar um por semana para não abusar dos créditos, certo Marvel? ;-P

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Mais tarde, joguei Ludo — um jogo de cuja existência eu nem lembrava! Meu velho tabuleiro já sumiu também há mais de uma década e pude fazer um “momento família” como nos tempos de criança. [Observação: vejam só os indícios nostálgicos de que a idade está chegando…]

Pra completar, achei (por acaso) um app que se chama Air Harp e, no estilo flashback de “Lost”, lembrei que tinha uma mini-harpa aqui em casa quando eu era criança. Por sinal, nem sei de onde veio o instrumento, mas lembro que tinha uns papéis com partituras de músicas para colocar embaixo das cordas e tocar. Adivinha o que esse app faz?

Hoje em dia, quem é que compra uma harpa de brinquedo ou mesmo um tabuleiro de ludo? Ocupam espaço, custam bem mais que US$2 e ainda são difíceis de encontrar. Hoje eu também não gastaria R$8 num gibi que leio em poucos minutos, nem tenho prateleiras sobrando para guardá-lo.

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Por mais de dez anos eu esqueci dessas três atividades, e nenhuma propaganda, vendedor ou indicação de amigos me despertou interesse em consumi-las novamente. Curioso como um produto com tecnologia de ponta acabou ressuscitando esses velhos (e casuais) hábitos.

Agora vou lá rabiscar num moleskine digital, ler “Alice in Wonderland” e aprender a jogar gamão! Não é todo dia que a gente mistura iPad com nostalgia num mesmo post, mas novas tecnologias não só criam novos costumes, como também são capazes recriar (ou remodelar) outros passados.

E vocês, o que acham? Faz sentido?

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