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Apple Watch Series 3 no braço

Review: Apple Watch Series 3

Quando comecei a pensar em como iniciar este review, me dei conta de que tive a oportunidade de testar e acompanhar *todas* as gerações do Apple Watch até aqui — coisa que não aconteceu nem com o Mac (meu primeiro foi um iMac G3 de 2000), nem o iPad (meu primeiro foi o iPad 2) e nem com o iPhone (meu primeiro foi o iPhone 3G).

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Trata-se de uma linha de produtos ainda bem nova para a Apple, mas que já começou a trilhar a sua própria história. E eu consigo fazer várias analogias ao Series 3 quando olho para o mesmo estágio em que o iPhone estava quando chegou à sua terceira geração, a 3GS. Temos agora um produto bastante polido, com performance realmente satisfatória e um sistema operacional que já dá sinais de amadurecimento.

Apple Watch Series 3 entrelaçados

O Apple Watch Series 3 mudou muito em relação ao Series 2? Não, longe disso. Mas não necessariamente isso é algo ruim, tal como discorrerei nos parágrafos a seguir.

Vídeos

Para quem perdeu, publicamos dois vídeos sobre o Apple Watch Series 3 diretamente da nossa cobertura em Nova York. O primeiro, que não poderia faltar, é de unboxing; no segundo, já trazemos um hands-on destacando algumas das novidades dele.

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Confira:

YouTube video

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O que não mudou?

Na verdade, muita coisa continua igual no Series 3 não só relação ao 2, mas até em relação ao Apple Watch de primeira geração lançado lá em 2015.

O design não mudou absolutamente nada (com exceção de um vidro 0,2mm mais espesso na sua parte traseira), o sistema de pulseiras continua o mesmo (o que é ótimo, pois você pode usar no Series 3 pulseiras que adquiriu há mais de dois anos se quiser), a Digital Crown e o botão lateral marcam presença, há os mesmos dois tamanhos de tela (38mm e 42mm), nenhum material novo utilizado na carcaça (foi só no ano passado que a linha Edition deixou de ser de ouro e passou a ser de cerâmica), quase todos os sensores e componentes continuam os mesmos e até o watchOS 4 pode ser instalado em todo e qualquer Apple Watch (com raras exceções de recursos que só funcionam nos mais novos).

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Basicamente, é uma tarefa para poucos distinguir várias gerações do Apple Watch colocadas lado a lado numa mesa — com exceção dos novos modelos GPS + Cellular, que contam com uma polêmica Digital Crown vermelha para identificá-los. Aproveitando a oportunidade, matemos logo este assunto então.

GPS + Cellular

É até bizarro pensar nisso, mas o fato é que a grande novidade do Apple Watch Series 3 muito provavelmente não chegará ao Brasil (embora haja uma longínqua possibilidade de isso mudar) e nem a vários outros países.

Tratam-se dos modelos que a Apple identifica como “GPS + Cellular”, isto é, que agora contam com conectividade celular embutida. Isso significa que, além de funcionar como todo e qualquer Apple Watch, esses modelos podem se conectar a redes de dados de operadoras quando o iPhone emparelhado não está ao seu alcance e nem uma rede Wi-Fi conhecida está disponível para conexão. Assim, você continua recebendo ligações, mensagens e notificações no relógio de qualquer lugar.

Apple Watch Series 3 com pulseira esportiva laranja

O motivo pelo qual isso não deverá rolar tão cedo aqui no Brasil é que nenhuma operadora nacional suporta a tecnologia eSIM, utilizada pela Apple. Explicando: o Apple Watch Series 3 (GPS + Cellular) não dispõe de uma bandejinha para você colocar o seu chip, tudo é feito via software.

Além disso, a Agência Nacional de Telecomunicações impede que dois chips diferentes — por mais que um deles seja eletrônico — compartilhem um mesmo número, que é como o Apple Watch funciona. Apesar disso, apuramos recentemente que na verdade o eSIM dos relógios tem, sim, um número próprio/único; ele só não é divulgado e usado publicamente. O encaminhamento de ligações, mensagens, etc. do número principal para o Apple Watch também deve ser feito via software, entendemos.

Ainda assim, quem optar por comprar um Apple Watch Series 3 (GPS + Cellular) não é obrigado a ativar a parte de celular dele, até porque isso custa. Nos Estados Unidos, a maioria das operadoras está cobrando em média US$10 a mais na conta mensal de seus clientes — o que para nós pode parecer pouco, mas para muitos consumidores americanos é cerca do dobro que acham justo pagar. E faz sentido, afinal, como já havia dito, o relógio só conecta-se mesmo à rede celular quando o iPhone não está por perto e nem há uma rede Wi-Fi disponível.

Um diferencial que a Apple não fez muita questão de destacar é que os modelos GPS + Cellular contam com uma memória interna de 16GB, enquanto os outros mantiveram-se com os tradicionais 8GB — provavelmente para armazenar um número maior de faixas do Apple Music em cache, após o streaming.

Novo app Música do watchOS 4 no Apple Watch Series 3 com AirPods do lado

Pessoalmente, eu acho que não optaria pelo modelo GPS + Cellular nem se ele funcionasse aqui no Brasil. É muito raro eu não estar com o iPhone por perto e, sinceramente, às vezes alguns momentinhos de desconexão total do mundo virtual são bem-vindos. A diferença de capacidade também não é algo que me enche os olhos; eu nem sequer tenho noção de quanto espaço ocupo no meu relógio atualmente.

Uma “mancada” da Apple com esta nova geração, se é que podemos caracterizar dessa forma, é que apenas os modelos de alumínio possuem versões somente com GPS — que custam em média US$70 a menos. As versões de aço inoxidável e de cerâmica todas são GPS + Cellular, talvez porque, como são mais caros, acabam “embutindo” o custo extra do chip celular no valor total do produto mesmo.

Apple Watch Series 3 (GPS + Cellular) com a Digital Crown vermelha destacada

Mas fica um pouco “chato”, digamos assim, porque dá uma sensação de que o consumidor está pagando a mais por algo que não irá usar. Além disso, há a tal Digital Crown vermelha que obviamente não agradou a todo mundo.

Performance

Você aí deve ter lido os parágrafos acima e perguntado por que diabos compraria um Apple Watch Series 3, então. Eu lhes respondo: performance.

A associação que fiz lá no começo entre esse relógio e o iPhone 3GS cabe bem aqui. O “S”, naquela época, referia-se a “speed” (velocidade). E quem teve um iPhone original ou um iPhone 3G deve lembrar bem como esses telefones eram lentos.

App carregando no Watch

Pois bem, em termos de performance o Apple Watch Series 2 — junto das otimizações que a Apple fez ano passado pro watchOS 3 — já tinha melhorado bastante, mas agora é que a coisa ficou realmente interessante e agradável. Toda a interface está bastante fluida e o sistema guarda todos os apps que você utiliza com frequência na memória sem problemas. São raros os apps que você tocará para abrir e terá que esperar alguns segundos até estar pronto para uso. Raros.

Tudo isso é graças ao novo chip S3 dual-core que a Apple desenvolveu especialmente para o Watch Series 3. A empresa promete uma performance 70% superior, e na minha experiência eu diria ser algo dentro dessa faixa mesmo.

A equipe de engenharia de processadores dela está fazendo milagres nessa área, e isso ninguém pode negar.

Bateria

Outro efeito colateral positivo do chip S3, e este foi uma grata surpresa para mim (até porque a Apple pouco falou disso na keynote de lançamento), é a autonomia da bateria do Apple Watch Series 3.

Eu não sei qual o motivo de a Apple só prometer 18 horas de bateria pro Watch Series 3, porque é fato — e todas as pessoas que eu conheço que já estão com esse novo modelo confirmam isso — que ele agora dura facilmente dois dias inteiros.

Em média, eu tenho chegado ao fim do dia aqui com pelo menos 55-60% de bateria, às vezes mais. E isso realizando cerca de uma hora de exercício durante o dia, o que faz consumir mais bateria até pelas verificações mais frequentes de batimentos cardíacos.

Claro, a minha análise foi toda baseada no modelo GPS. A própria Apple avisa que usar o Watch conectado à rede 4G/LTE consome muita bateria, a ponto de ele não durar nem meio dia se estiver o tempo todo funcionando assim. Se você entrar numa ligação, então, a bateria toda vai embora em cerca de uma hora apenas.

Em termos de recarga, nada mudou. O Apple Watch continua vindo com um carregador por indução idêntico ao dos modelos anteriores e o funcionamento é o mesmo.

Base de recarga AirPower com iPhone X, Apple Watch Series 3 e AirPods

Ao contrário do que muitos chegaram a imaginar, o Apple Watch Series 3 *não* adota o padrão de recarga Qi como os iPhones 8, 8 Plus e X. Ele poderá ser recarregado na futura base AirPower da Apple, mas só (salvo raras exceções que nem vale considerarmos aqui).

Siri

É até um contrassenso eu dedicar uma seção deste review à assistente da Apple, considerando quão limitada ela ainda é no nosso idioma, mas pelo menos agora a Siri se tornou minimamente usável no Apple Watch.

Antes eu já desistia só pensando na performance dela, que era sofrível. Isso foi resolvido no Series 3, e mais: agora a Siri dá respostas em áudio, como sempre fez no iPhone.

Consumidor usando o Apple Watch Series 3 em Apple Store

Não me perguntem por que a Apple restringiu isso somente a esta geração, já que os Watches anteriores já tinham alto-falante e, sinceramente, não senti nenhuma diferença no alto-falante do novo. Mas pode ser algo com relação aos componentes internos ou, obviamente, uma mera decisão estratégica/mercadológica dela.

Outros componentes

O Apple Watch Series 3 continua com GPS e GLONASS, sensor de batimentos cardíacos, acelerômetro e giroscópio, sensor de luz ambiente, Wi-Fi (802.11b/g/n 2.4GHz), Bluetooth 4.2 e uma carcaça à prova d’água para até 50m. Nos modelos de alumínio, o vidro frontal é de íons-X e a traseira composta (o GPS + Cellular já usa cerâmica); nos outros modelos, o vidro é de cristal safira e a traseira de cerâmica.

Além do chip S3 que já cobrimos, o Apple Watch Series 3 também incorpora um chip W2 para comunicação wireless. Então, embora não haja novidade nenhuma em termos de especificações dos componentes Wi-Fi e Bluetooth (nem o 5.0 veio, nesse…), esse chip W2 promete uma melhor experiência com conexões sem fio, maior estabilidade e alcance, e também contribui bastante para a autonomia de bateria do relógio.

Outra novidade citada por ela nesta geração é a chegada de um altímetro barométrico, que nada mais é do que um componente destinado a saber com precisão quando você está subindo ou descendo escadas. E posso dizer que a coisa funciona, sim, muito bem.

Lances de escada subidos pelo Apple Watch (Saúde)

watchOS 4

Não posso fazer um review do novo Apple Watch sem dar umas pinceladas no watchOS 4, até porque basicamente só usei ele com o novo relógio. E algumas mudanças que chegaram nesta versão me agradaram muito.

Dock do watchOS 4

O Dock — ativado ao pressionar o botão lateral do relógio — ficou bem mais legal e intuitivo no watchOS 4, com sua disposição vertical de apps. Isso faz todo o sentido, afinal, navegamos por eles girando a Digital Crown.

Lista de apps no watchOS 4

Falando em disposição vertical de elementos, outra coisa que dá para fazer agora na tela de ícones de apps é pressioná-la com o Force Touch e trocar a tradicional visão “colmeia” (que a Apple chama de grade) para uma em lista. Acabei trocando porque semanticamente ela faz mais sentido, visto que todos os seus apps ficam ordenados alfabeticamente, mas em termos estéticos a outra é mais bacana, é claro.

App Exercícios do watchOS 4

Um dos apps que eu mais utilizo, o Exercícios, também ganhou excelentes melhorias. A disposição de elementos na interface está agora melhor e os caras tiveram a excelente sacada de adicionar uma “tela” deslizando para a direita com um controlador multimídia dentro dele mesmo, o que é ótimo para quem ouve músicas enquanto está malhando, como eu.

Não pretendo me alongar muito mais aqui no watchOS 4 em si, mas preciso falar de um recurso que a Apple adicionou à sua Central de Controle que eu nunca imaginei que seria tão útil no Watch: a lanterna!

Central de Controle do watchOS 4

Sempre usei muito o flash do iPhone como lanterna, desde aquela época em que para isso era preciso baixar apps de terceiros. Mas, desde que peguei o Watch Series 3 rodando o watchOS 4, acho que só tenho usado o relógio mesmo para isso — especialmente quando ando pela casa tarde da noite, com a esposa e a filha já dormindo.

Para quem acha que a telinha do Watch não serviria bem para isso, vale lembrar que trata-se de um display OLED com 1.000 nits de brilho — e isso desde o Series 2. É, basicamente, a tela mais brilhante que a Apple já colocou em quaisquer dos seus produtos. Só como vias de comparação, a tela OLED do iPhone X chegará a no máximo 625 nits.

Num ambiente totalmente escuro, mesmo o nível mais fraco do flash do iPhone às vezes já emitia luz demais para o que eu preciso. E é aí que entra a perfeição do Apple Watch para esse propósito, sem falar que ele preso no pulso deixa a coisa mais prática ainda. Uso demais!

Outra correção (sim, considero uma) que fez muita diferença no meu dia-a-dia é o fato de o watchOS agora sempre listar todas as notificações separadamente, mesmo quando várias chegam em sequência. Até a versão anterior, se você recebia múltiplas mensagens no WhatsApp, por exemplo, o Watch mostrava que tinham chegado “x” mensagens, aí você precisava descartar essa notificação e puxar a Central de cima para conseguir ler o conteúdo delas (um saco).

Mostrador da Siri no watchOS 4

Nem queria citar aqui os novos mostradores de “Toy Story” e de caleidoscópios, porque são meros “gimmicks” bonitinhos e divertidos, mas inúteis. Já o mostrador da Siri, sim, virou o meu padrão; ainda não é perfeito, acho que há muita inteligência para explorar ali, mas gostei bastante da proposta trazida pela Apple.

Aliás, que sensacional que é o Watch automaticamente mostrar o controlador multimídia quando você manda tocar uma música no iPhone! Detalhes que fazem a diferença.

O que faltou?

Não acho que adicionar conectividade celular no Apple Watch Series 3 tenha sido “pouca coisa”, mas o fato de isso estar restrito a alguns poucos lugares por enquanto e ainda requerer um pagamento mensal extra a operadoras deixar um ar de “queria mais” em termos de novidades.

Um dos poucos rumores que circulou por aí nos últimos meses abria possibilidade de o relógio ganhar algum tipo de medidor de glicose revolucionário. Não duvido que a Apple esteja estudando algo assim, mas ainda não foi a hora.

Fora isso, listo como coisas que faltaram mas que podem perfeitamente vir nas próximas gerações:

  • Um novo design: definitivamente não acho que o design do Apple Watch já esteja ultrapassado, mas sabemos bem que o consumidor é muito influenciado pelo visual de produtos assim e, naturalmente, começamos já a esperar alguma mudança nesse sentido. Adianto que acho perfeitamente possível que a Apple dê um “tapinha” no visual do Watch sem ter, ainda, que alterar o seu mecanismo de pulseiras; ele precisa mesmo perdurar por pelo menos alguns bons anos, considerando o elevado investimento que muitos consumidores já fizeram em pulseiras diferentes pros seus relógios.
  • Mais um tamanho: não me lembro de ter visto alguém demonstrar interesse num Apple Watch menor que o modelo de 38mm. Ele é perfeito principalmente para mulheres com pulsos finos e, aliás, é de longe o menor smartwatch do mercado. O que há, claramente, é uma demanda por um terceiro tamanho… maior. Acho que, futuramente, a linha poderá ser formada por versões de 38mm, 42mm e uma nova de 46mm.
  • Oxímetro: não sou especialista no assunto, mas já me informaram que o hardware atual do Apple Watch teria total capacidade para atuar como um oxímetro e mostrar, quem sabe dentro do próprio app Batimentos, o nível de oxigenação do sangue da pessoa. Esse é um dado importantíssimo e muito útil para médicos, enfermeiros, educadores físicos e afins, e está presente em outros smartwatches ou pulseiras fitness disponíveis no mercado. A única novidade recente foi o chamado VO2 máx., isto é, a quantidade máxima de oxigênio que seu corpo pode consumir durante um exercício.
  • Medição de nados de perna: eu entendo perfeitamente que o Apple Watch não tem como medir nados de perna, já que todo o acompanhamento que ele faz é com base nos movimentos do braço. Mas acho que já seria uma boa hora de a Apple (ou até alguma fabricante terceirizada) bolar um acessório para prendermos quem sabe no tornozelo e que se comunique com o relógio, ou no mínimo que o watchOS permitisse a inserção manual desses dados após um treino de natação.
  • Câmera: essa é outra coisa que já surgiu aqui e ali em rumores, talvez um dos principais componentes que estão no iPhone e inexistem hoje no Apple Watch. Eu até admito que é algo que muito provavelmente chegará numa futura geração, mas penso ser tão estranho você tirar fotos com um relógio tal como é tirar com um iPad (sem falar em questões de privacidade, de ser bem fácil tirar fotos “escondido”). E usá-lo para uma chamada FaceTime deve ser bem cansativo considerando ter que deixar o braço levantado por um certo tempo, com a câmera apontada para o seu rosto.
  • Independência total: sim, se você morar num país onde as operadoras já suportam o Apple Watch Series 3 (GPS + Cellular), poderá deixar o iPhone em casa e sair só com ele para uma corridinha na praça, continuando a receber ligações e mensagens. Mas o relógio ainda é muito dependente do iPhone e requer um para toda a sua configuração inicial.
  • Tela sempre ligada: desde a sua primeira geração, o Apple Watch conta com um display de OLED mas a Apple ainda prefere desligá-lo totalmente sempre que o relógio não está em uso. A tela acende ou quando você levanta o braço, ou quando dá um toque nela. Futuramente, seria interessante que pelo menos a hora e alguns indicativos de notificações ficassem sempre visíveis.

E vocês, o que mais adicionariam aí?

Conclusão

A Apple certamente está tentando, aos poucos, tornar o Watch um dispositivo realmente indispensável na vida das pessoas.

Mulher usando o Apple Watch Series 3 em Apple Store

Sendo bem sincero, eu ainda não acho que ela chegou lá. Claro, há casos de pessoas que poderiam ter morrido não fosse o Apple Watch [1, 2] e estas certamente nunca mais cogitarão a possibilidade de não ter um. Mas falo de uma forma geral, me colocando no lugar de um consumidor que precisa decidir se vale a pena ou não esse investimento.

Vendi e entreguei o meu Apple Watch Series 2 uma semana antes da data em que o Series 3 chegou ao mercado, ou seja, pela primeira vez em muito tempo passei alguns dias sem o relógio no pulso. Fez *muita* falta e deu para perceber claramente o quanto ele me poupa de ter que tirar o iPhone do bolso para olhar certas coisas. É, eu sei, um típico First World Problem®, mas você realmente se acostuma muito com as funções que ele proporciona.

Ainda assim, é óbvio que bastariam mais alguns dias para eu me reacostumar a viver sem o Apple Watch. É bem mais legal e prático interagir com ele? Sim, é. Mas, numa análise nua e crua, não dá para chamá-lo ainda de “indispensável”. No dia em que o tal rumor de um medidor de glicose embutido se concretizar, aí sim já poderemos afirmar que o investimento dele será um “no-brainer” para milhões e milhões de diabéticos (ou pessoas com potencial de desenvolverem a diabetes) em todo o mundo.

Consumidor comprando Apple Watch Series 3 em Apple Store

Se você aí está com dinheiro sobrando e ainda não tem um Apple Watch, o momento não poderia ser melhor para adquirir um. O produto está muito polido, rápido, sua tela é sensacional, há hoje muito mais funções do que havia na época do seu lançamento, os recursos de atividade sem dúvida nenhuma nos estimulam a levar uma vida mais saudável, ele é totalmente à prova d’água e certamente atua como um complemento e tanto para o iPhone.

Mas se você já tem um Apple Watch, a recomendação de compra fica bem difícil — a menos que o seu seja um “Series 0” (modelo de primeira geração) ou Series 1, que nem à prova d’água são. As melhorias do Series 3 em relação ao 2 são perceptíveis, mas não justificam tirar o escorpião do bolso.

Caso você esteja decidido a comprar um, a escolha do modelo e da pulseira é muito, muito pessoal. Eu não cogito gastar mais por um relógio de aço inoxidável ou muito menos de cerâmica, por mais lindos que eles sejam. O modelo de alumínio também é bacana e traz exatamente as mesmas funções; a única desvantagem real que vejo é o seu vidro frontal, que arranha com bem mais facilidade que o cristal safira dos modelos mais caros.

Versão Hermès do Apple Watch Series 3

Obviamente, há também as versões especiais Nike+ e Hermès. A primeira traz pulseiras bonitinhas perfuradas e um mostrador exclusivo da marca, uma ótima pedida para quem é esportista; já a segunda, que nem é vendida no Brasil, mira um público mais interessado em joias e artigos de luxo (tal como o Apple Watch Edition). Aí, vai de cada um mesmo.

O Apple Watch Series 3 já foi devidamente homologado pela Anatel, mas por enquanto a Apple Brasil não iniciou as vendas dele por aqui.

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