As câmeras traseiras dos iPhones 7 Plus, 8 Plus e X são muito, muito parecidas. Na verdade, a lente grande angular, tecnicamente falando, é exatamente a mesma; o que muda é teleobjetiva — e a capacidade dos chips A10 Fusion (7 Plus) e A11 Bionic (8 Plus e X) de processar isso tudo. Enquanto nos iPhones 7 Plus e 8 Plus temos uma teleobjetiva com uma abertura ƒ/2.8, a do iPhone X tem abertura ƒ/2.4 — e, de quebra, ela ainda conta com estabilização óptica.
Na prática, isso quer dizer que as suas fotos e os seus vídeos utilizando a segunda câmera traseira do iPhone X conseguem captar mais luz (algo muito importante em ambientes com baixa iluminação) e saem menos tremidas(os). Nós tentaremos mostrar isso na prática em nosso review do iPhone X, que sairá em breve — o do iPhone 8 Plus, você pode conferir aqui.
No ano passado, quando o iPhone 7 Plus foi lançado, Glenn Fleishman (da Macworld) detalhou o funcionamento do sistema de câmera com duas lentes. Resumidamente, quando você toca no botão de zoom 2x, a câmera nem sempre muda para a lente teleobjetiva. Isso porque, em ambientes com baixa luminosidade, o iOS opta por dar um zoom digital utilizando a grande angular mesmo, que tem uma abertura maior e consegue captar mais luz. Então, para a Apple, vale uma uma imagem “recortada” com uma qualidade razoável do que uma original com qualidade ruim.
Dan Provost, então, resolveu fazer um ótimo teste comparando o sistema de câmera dupla do iPhone 7 Plus com a do iPhone X. Ele posicionou os dois aparelhos bem próximos, focando no mesmo objeto (uma câmera Rolleiflex). Utilizando luzes LED de estúdio, ele foi então aumentando a intensidade da luz (do escuro para o claro), para ver exatamente em que ponto os iPhones mudavam da grande angular para a teleobjetiva de forma automática.
No vídeo, fica claro como o iPhone X precisa de muito menos luz (16lx) para mudar automaticamente para a lente teleobjetiva — quando você está tirando uma foto com 2x, obviamente. O iPhone 7 Plus, como podemos ver, exige bem mais luz (88lx). Aos curiosos de plantão, a iluminação foi medida com o app Light Meter.
Claro, não é um teste científico totalmente controlado, mas nos dá uma ótima ideia da capacidade da câmera teleobjetiva do iPhone X — uma grande evolução em um ano, já que tal câmera fez a sua estreia ao lado da grande angular em 2016.
via Daring Fireball