Em mais uma empreitada em prol da junção maravilhosa de tecnologia e saúde, o FDA (Food and Drug Administration, órgão que cuida da regulamentação de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) acaba de aprovar o primeiro acessório médico para o Apple Watch.
A pulseira Kardiaband foi criada pela empresa médica AliveCor, com um intuito de providenciar um diagnóstico mais preciso para os testes de eletrocardiograma (ECG). O acessório já estava sendo utilizado na Europa, mas somente agora foi aprovado pelo FDA, o que possibilita a sua comercialização nos EUA.
Vivemos em um mundo onde os consumidores querem saber a cada minuto o que está acontecendo [em seus corpos] e, pela primeira vez, eles podem ter uma ferramenta médica, de grau clínico e aprovada pelo FDA.
—Vic Gundotra, CEO da AliveCor.
A pulseira para Apple Watch Kardiaband possui um sensor metálico para se comunicar com o aplicativo da empresa e consegue realizar os testes de eletrocardiogramas, podendo identificar quando o usuário está com o ritmo cardíaco anormal ou fibrilação atrial (AF).
No aplicativo do Apple Watch, é preciso iniciar a leitura e permanecer por 30 segundos com o polegar sobre o sensor e aguardar conclusão. Durante esse tempo, o usuário pode falar no microfone do relógio a fim de que se observe também a presença de palpitações ou falta de ar — ou até hábitos alimentares que possam estar ligados a dissonâncias da frequência cardíaca.
As gravações ficam armazenadas e podem ser consultadas no app do iPhone e, se for necessário, compartilhadas com o médico da pessoa. Além disso, os dados também são enviados para o app Saúde.

O aplicativo da AliveCor para Apple Watch utiliza o próprio sensor de frequência cardíaca presente nos relógios da Maçã para realizar leituras a cada cinco segundos. Esse recurso somente foi possível graças ao aprendizado de máquina do vestível, afirma Gundotra.
Nós conseguimos executar uma rede neural profunda no Apple Watch e mantê-lo funcionando por 14 horas com a bateria do novo Watch Series 3. A Apple merece os parabéns por ter criado uma plataforma que nos permitiu fazer isso — quero dizer, acho que temos o aplicativo mais avançado já feito para o Apple Watch.
A Kardiaband pode ser comprada diretamente no site oficial por US$200 e, além disso, a empresa também tem o dispositivo KardiaMobile, que pode ser colocado na traseira dos iPhones para realizar a leitura, que é vendido por US$100.
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Falando em monitoramento de batimentos cardíacos, a própria Apple acabou de disponibilizar um aplicativo específico para estudos nessa área, o Apple Heart Study.
Os estudos serão organizados em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford e, pelo aplicativo, donos de Apple Watches poderão participar de estudos cardíacos a fim de ajudar na coleta de dados sobre ritmos cardíacos irregulares — além de poder notificar os usuários que possam ter fibrilação atrial (AFib).
Caso o usuário seja notificado pelo app sobre alguma irregularidade nos seus batimentos, ele poderá receber uma consulta gratuita, por vídeo, em seu iPhone, a ser realizada por um profissional médico do estudo.
Jeff Williams, COO1Chief Operating Officer, ou diretor de operações. da Apple, contou um pouco sobre o assunto:
Toda semana, recebemos incríveis relatos de clientes sobre como o Apple Watch afetou suas vidas, incluindo ao descobrir que sofrem de AFib. Essas histórias nos inspiram e estamos determinados a fazer mais para ajudar as pessoas a entenderem sua saúde. Trabalhando ao lado da comunidade médica, não só podemos informar as pessoas sobre certas condições de saúde, como também esperamos avançar nas descobertas da ciência do coração.
O aplicativo está disponível somente nos Estados Unidos, para usuários que tenham 22 anos ou mais, utilizando um Apple Watch Series 1, 2 ou 3.
de Apple
Preço à vista: a partir de R$ 2.339,10
Preço parcelado: em até 12x de R$ 216,58
Tamanhos: 38mm ou 42mm
Cores: diversas
Lançamento: setembro de 2017
via Business Insider
Notas de rodapé
- 1Chief Operating Officer, ou diretor de operações.