O melhor pedaço da Maçã.
Apple Opéra em Paris

Apple processa grupo ativista francês que ocupou uma de suas lojas contra suposta evasão fiscal [atualizado: negado]

As atividades da Apple em solo europeu sempre foram bastante cercadas de polêmica, especialmente quando se trata do assunto responsabilidade fiscal.

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Por mais que a empresa se esforce em divulgar sua (alegada) preocupação em pagar todos os impostos a que deve nos países onde opera, vários grupos ativistas no Velho Continente não se convencem e continuam afirmando que a empresa aproveita-se de benefícios indevidos e prejudica a operação de empresas locais. Agora, a ação de um desses grupos pode ter ido um pouco longe demais sob os olhos de Cupertino.

O jornal The Local informou que a Apple está processando o grupo ativista francês Attac, que ocupou a sua flagship Apple Opéra, em Paris, no último dia 2 de dezembro, acusando a empresa de evasão fiscal de grande escala. Na ocasião, cerca de 100 membros do grupo fizeram uma espécie de fila indiana nos dois andares da loja, exibindo um cartaz que dizia “Nós pararemos apenas quando a Apple pagar”. Os ativistas, então, dispersaram-se depois de um comprometimento da Maçã em enviar seus principais representantes na França para uma reunião com o grupo a ocorrer dentro de 15 dias.

Grupo ativista Attac ocupa loja da Apple em protesto
Foto: AFP

Agora, no processo movido pela Apple, a empresa afirma que, embora respeite a liberdade de expressão de qualquer pessoa ou grupo, acredita que a ação colocou a segurança dos seus empregados e consumidores em risco. A Maçã busca uma compensação de €3.000 (~R$12.000) e um mandado que impeça o grupo de organizar futuros protestos nas dependências da empresa — sob a pena de pagar uma multa de €150.000 (~R$600.000). A gigante de Cupertino completa afirmando que segue a lei em todos os países onde opera, pagando todos os impostos que lhe são devidos.

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Um representante do Attac, que já realizou várias outras ações contra a Apple na França, afirma que o processo é “uma forma de calar o grupo e impedi-lo de realizar outras ações cidadãs para condenar a evasão fiscal das multinacionais”. Segundo ele, os protestos dos ativistas sempre são “simbólicos, não-violentos, realizados abertamente e sem danos materiais”.

O resultado do processo deverá ser conhecido nos próximos meses, e aí veremos quem tem razão — segundo a justiça francesa, isto é — nessa história toda. Opiniões?

via 9to5Mac

Atualização 23/02/2018 às 14:35

É, Apple, parece que você vai ter que botar o rabo entre as pernas nesse caso. O Tribunal de Paris decidiu hoje [PDF] recusar o pedido da Maçã de uma ordem restritiva para que o Attac deixe de realizar protestos em suas lojas — e a empresa ainda terá de arcar com os custos do processo desembolsados pelos franceses.

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De acordo com o Tribunal, as ações do Attac não constituem vandalismo e, como não envolvem violência, ação contra clientes e funcionários ou outros prejuízos financeiros à atividade das lojas não podem ser proibidas — de outra forma, haveria uma violação às leis de direitos humanos e liberdade de expressão da França.

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A Apple, agora, terá de pagar €2.000 (~R$8.000) ao Attac pelas despesas do processo e se preparar para os próximos protestos — afinal, a empresa fez uma aposta e perdeu; agora, certamente, o grupo deverá focá-la com muito mais contundência que antes.

via MacRumors

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