O casal Cathy e Ian Finley, de Langley, no Canadá, vivia uma vida tranquila com suas filhas numa fazenda na zona rural da cidade. Até que, em outubro de 2016, tudo mudou: o fogo consumiu a casa da família, que conseguiu salvar apenas alguns itens de valor sentimental, como seu álbum de casamento.
O culpado disso tudo? Segundo Cathy, um iPhone e o seu carregador — e agora o casal está em busca de respostas (e uma indenização) por parte da Apple.
Quem informou foi a CBC News: Cathy havia deixado o seu iPhone 6, então com três meses de uso, carregando (com carregador e cabo originais, segundo a própria) apoiado numa poltrona de couro onde também repousava um notebook desligado. A fazendeira, então, foi alimentar suas cabras e, ao voltar, toda a casa estava tomada por uma espessa fumaça negra, com vários cômodos com pontos de incêndio. Apenas poucos itens de valor sentimental, como o álbum de casamento, conseguiram ser salvos antes de a construção ser tomada pelas chamas.
Felizmente, ninguém sofreu danos físicos — Ian estava no trabalho, enquanto as filhas do casal estavam na escola. Ainda assim, a família perdeu sua casa e única fonte de renda: a fazenda era local de cultivo de várias hortaliças e legumes que eram vendidos para restaurantes e hospitais locais, além de servir como local para excursões escolares e jantares especiais. Com a casa destruída, ficou impossível manter as atividades.
A perícia do departamento de bombeiros de Langley não apontou a causa específica do agente de início do fogo; foi determinado, entretanto, que o incêndio iniciou-se justamente na poltrona de couro onde estava repousado o iPhone de Cathy. A fazendeira disse que o aparelho já estava apresentando bugs e que algum curto-circuito no contato com o carregador fez com que a poltrona pegasse fogo, iniciando o incidente.
O seguro pagou C$600.000 (~R$1,5 milhão) para os Finleys começarem a reconstruir a sua vida, mas a família afirmou que a quantia não é suficiente para a restauração da casa e retomada das atividades da fazenda. Com isso em mente, Cathy entrou em contato com a Apple, inicialmente em fevereiro do ano passado, buscando uma indenização pelo ocorrido.
A empresa, entretanto, afirmou que não pode tomar nenhuma atitude sem inspecionar o iPhone queimado; o problema é que o aparelho está com uma firma privada de investigação parceira dos bombeiros e não pode ser reavido no momento. Ainda por cima, a Apple está em uma espécie de conflito com a seguradora da família, o que dificulta a comunicação de Cathy e Ian com a empresa, e só atrasa uma solução definitiva para o caso.
Calculando os gastos extras com perdas, reconstrução da casa e outros danos em mais C$600.000, a família agora está recorrendo à internet e às redes sociais para tentar mobilizar a sociedade e fazer com que a Apple pague a quantia. A filha mais velha do casal publicou uma petição no site Change.org, que foi assinada por mais de 1.700 pessoas em poucos dias; as inúmeras ligações realizadas por Cathy para Cupertino, muitas delas finalizadas com a fazendeira chorando de frustração, foram divulgadas nas redes também.
Agora, a família tem cerca de um ano para resolver a situação ou será obrigada a vender a casa recém-construída e mudar-se para a cidade grande, procurando outras formas de sustento. A Apple não comentou o assunto publicamente, mas é possível que tenhamos mais notícias sobre o caso agora que ele está nos olhos — e na boca — do público. Vamos ver no que tudo isso vai dar.
via Tudocelular.com