Empresas de tecnologia têm se esforçado, há anos, para abandonar o uso convencional de senhas criadas pelos usuários como forma de login. Mesmo com as melhorias na segurança das contas por meio de recursos como verificação em duas etapas, esse padrão ainda assim é passível de ataques — incluindo phishing.
Para transformar essa realidade, o W3C — em parceria com a aliança FIDO (formada por Google, Microsoft, PayPal, Samsung e outras) — anunciou que o padrão WebAuthn alcançou o patamar de recomendação (isto é, quando o código é entendido como eficiente e necessário para a segurança na web), já sendo implementado pelo Firefox e pelo Google Chrome.
Esse novo padrão de autenticação já é utilizado por alguns aplicativos no iOS, no entanto, o intuito dos seus criadores é lançá-lo como método de substituição/complementação de logins em geral na web.
O método pode funcionar de uma maneira já conhecida por muitos: por meio de um método de autenticação biométrico (dedo ou rosto), é possível realizar o acesso a contas e aplicativos. Por ora, essa forma de autenticação faz uso de um pequeno hardware, como o Yubico, similar a um pendrive e responsável por gerar um código de acesso temporário e sem uso de caracteres (como um token, tornando o processo mais seguro).
Brett McDowell, executivo da FIDO, mencionou que a equipe da Apple responsável pelo WebKit (que compõe o Safari e outros aplicativos da empresa) se juntou recentemente ao grupo de trabalho do WebAuthn, o que certamente nos faz pensar que tal recurso poderá ser implementado no navegador do Mac — afinal, aplicativos para iOS já utilizam essa ferramenta de autenticação. Caso isso realmente ocorra, seria possível permitir o acesso a contas de diferentes sites utilizando o Touch ID ou o Face ID. Muito mais simples, não?!
Como mencionado, tanto o Firefox quanto o Chrome implementaram o novo recurso — por enquanto, nas versões beta e alpha, respectivamente; as finais deverão sair para o grande público em breve.
