Que a Apple vai construir um novo campus em território americano, não é novidade para ninguém — isso foi anunciado no início do ano como parte de um enorme pacote de investimentos que a Maçã fará na sua terra natal, incentivada pela reforma fiscal do presidente Donald Trump.
A grande questão até o momento é: onde ficará este novo empreendimento? Agora, já temos algumas pistas: duas reportagens de diferentes veículos apontam para dois estados americanos como principais candidatos a receberem o terceiro campus da Apple (os dois atuais ficam em Cupertino, na Califórnia).
Virgínia
A primeira delas, do Washington Post, põe o norte do estado da Virgínia como provável escolhido pela Maçã. A área é muito próxima de Washington D.C. e poderia representar uma localização estratégica para a Apple — afinal, a Maçã tem uma representação física muito pequena na Costa Leste dos EUA e poderia aproveitar a proximidade com a Casa Branca para estabelecer uma relação mais, digamos, amigável com o governo.
Segundo a reportagem, agentes da área de desenvolvimento urbano do estado da Virgínia afirmaram que a Apple está procurando um terreno de mais de 350.000m² para o possível empreendimento, o que representa 2/3 da área ocupada pelo Pentágono ou mais de 30% a mais que a área do Apple Park (de 260.000m²), em Cupertino. Foram oferecidos à Apple terrenos em Crystal City e Tysons Corner, mas não se sabe qual foi a decisão da Maçã.
É bom notar que a Amazon está procurando espaços para a construção do seu próprio campus nas mesmas localidades e, inclusive, os mesmos terrenos mostrados à Apple foram oferecidos à empresa de Jeff Bezos. Ou seja, caso a Maçã decida fincar os pés na Virgínia, pode ser que tenha de enfrentar (mais) uma briga com uma de suas principais concorrentes no ramo de assistentes inteligentes.
Carolina do Norte
O segundo possível candidato da Apple para a construção do seu novo campus é o estado da Carolina do Norte, segundo o Triangle Business Journal. A publicação afirmou que a Maçã estaria visando principalmente uma área no Research Triangle Park, um hub de desenvolvimento tecnológico com mais de 200 hectares que já atrai diversas empresas do ramo e beneficia-se da proximidade a universidades com tradição na área, como a Duke e a Estadual da Carolina do Norte.
Segundo a matéria, Tim Cook em pessoa teria se reunido com o governador do estado, Roy Cooper, e o secretário de comércio Tony Copeland para discutir uma possível parceria na empreitada — é bom lembrar que o CEO esteve justamente na Carolina do Norte nesta semana, para dar um discurso homenageando formandos da Universidade Duke (onde ele fez o seu MBA).
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Seja lá qual for a decisão da Maçã — uma das duas acima ou outra completamente diferente —, o fato é que o novo campus será um avanço e tanto nas ambições estadunidenses da Maçã. Acompanhemos as cenas dos próximos capítulos.