Conforme já havia sido divulgado em maio passado, a chefona de varejo da Apple, Angela Ahrendts, participou de uma entrevista no festival anual de publicidade Cannes Lions, que acontece esta semana na França.
Como de costume, o bate-papo foi conduzido por outro executivo da Maçã — Tor Myhren, vice-presidente de comunicações e marketing da companhia.
Thank you to the creative community who joined us at #CannesLions today to hear about #TodayatApple and how our retail experience inspires learning, unlocks creativity and encourages human connection. pic.twitter.com/64i4NL9SeY
— Angela Ahrendts (@AngelaAhrendts) 20 de junho de 2018
Obrigada à comunidade criativa que se juntou a nós no
#CannesLions
hoje para saber sobre o#TodayatApple
e como nossa experiência de varejo inspira o aprendizado, libera a criatividade e estimula a conexão humana.
Durante a entrevista, Ahrendts comentou como foi ingressar na Apple após um pedido feito pelo CEO da companhia, Tim Cook. Antes de trabalhar para a Maçã, em 2013, a executiva era diretora executiva da Burberry, uma grife britânica de roupas, acessórios de luxo e cosméticos.
Foi engraçado. Eu lutei comigo mesma para não entrar na Apple, porque achava que já tinha o melhor trabalho do planeta e que estávamos indo muito bem. A cultura que construímos e os valores de equipe da Burberry são tão brilhantes. Mas Tim continuava dizendo “confie em mim, confie em mim”.
Acerca das lojas físicas e a experiência do usuário na hora da compra, Ahrendts fez uma análise do que já vem acontecendo com a Apple nos últimos anos e disse que o futuro não é tão negativo para o varejo. De acordo com a executiva, a maioria das compras é, de fato, feita pela internet; no entanto, muitos clientes vão às lojas físicas finalizar e buscar os produtos que compraram online.
Nos próximos cinco anos, 75% das pessoas vão fazer compras online, para visualizar e saber o que desejam comprar. No entanto, 75% dos negócios ainda serão feitos em lojas físicas.
Por causa disso, Ahrendts explicou que “o varejo não está indo embora” ou “morrendo”, mas terá que evoluir com o passar do tempo. A executiva complementou:
Eu acho que o varejo tem que servir a uma finalidade maior do que apenas vender.
Nesse ínterim, a Apple já trabalha para que os ambientes físicos das suas lojas contem com o máximo de conforto e tecnologia. Além de proporcionarem o envolvimento e a interatividade com seus clientes — como as sessões do Today at Apple, realizadas nas lojas da Maçã ao redor do mundo.
Em outro ponto da conversa, Ahrendts disse que a Apple está inserida em um ramo do comércio no qual o ser humano é a prioridade. Ela enfatizou que a companhia pensa os negócios a partir de uma abordagem humana, e que é o trabalho da gigante de Cupertino humanizar as tecnologias. Um exemplo disso são os workshops oferecidos pelo programa Apple Camp, nos quais crianças aprendem como trabalhar artisticamente com a tecnologia, entre outras atividades.
via 9to5Mac