Nós falamos bastante sobre a situação do mercado de celulares no mundo, mas por vezes esquecemos de olhar para dentro e ver como estão as coisas aqui mesmo, em território nacional. Felizmente, a IDC está chegando com uma pesquisa fresquinha sobre as águas que rolaram no vertiginoso último semestre do Brasil.
De acordo com a firma, foram vendidas na nossa querida república 24,122 milhões de unidades de celulares (contando smartphones e feature phones) ao longo do primeiro semestre de 2018 — o que representa uma pequena queda, de 3,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Àquela época, o número tinha ficado em 25,048 milhões de unidades.
A queda foi ainda maior no segundo trimestre, quando foram vendidos 12,05 milhões de aparelhos — uma queda de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. E, como era de se esperar, a proporção de smartphones para celulares básicos nesse quociente vai se acentuando cada vez mais: só nesse segundo trimestre, foram 11,415 milhões de aparelhos inteligentes vendidos, contra somente 635 mil feature phones — e a tendência é que eles vão caindo cada vez mais até sumirem completamente.
A IDC não chegou a separar o desempenho do mercado por fabricantes, mas por meio de alguns dados, podemos saber que a Apple — como de costume — não está lá em lençóis tão bons no Brasil. Isso porque, segundo a firma, os modelos campeões de venda no país (6,1 milhões de unidades no segundo trimestre) são os intermediários mais baratos, que custam entre R$700 e R$1.100. A Maçã, como bem sabemos, não está lá muito interessada nesse segmento.
Apesar das notícias de retração, ao menos um número está mais alto: a receita no setor de celulares subiu 5% entre abril e junho últimos, por conta de um aumento do tíquete médio (ou seja, o valor médio pago por um aparelho) — que ficou em R$1.222, subindo dos R$1.099 anteriores. Com isso, a lucratividade média das empresas também subiu ligeiramente.
Segundo a IDC, a expectativa é que o mercado brasileiro de celulares encerre 2018 com 46 milhões de aparelhos vendidos — o que será uma ligeira queda de 2,9% em relação a 2017, porém um indicativo de que o mercado vai dar uma aquecida no segundo semestre. Veremos.
via IDG Now!