O melhor pedaço da Maçã.

Tim Cook detalha vantagens e usos do headset de AR/VR

GQ - Tim Cook

Em meio a tantos rumores e indícios sobre o aguardado headset de realidade mista (isto é, realidade virtual/aumentada) da Apple, o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da empresa colocou ainda mais lenha nessa fogueira — mesmo que implicitamente.

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Tim Cook, apesar de ser uma figura pública, tem conseguido se manter como uma pessoa reservada. Agora, em uma longa entrevista à GQ, ele falou sobre alguns aspectos da sua vida e, principalmente, do seu trabalho.

Em um dos tópicos — e sem de fato confirmar ou negar nada, é claro —, ele contou sobre como o mundo poderia melhorar se tal hardware de realidade mista existisse:

Se você pensar na própria tecnologia com realidade aumentada, apenas para ver um lado da peça de AR/VR, a ideia de que você pode sobrepor o mundo físico com coisas do mundo digital pode melhorar muito a comunicação das pessoas, a conexão das pessoas. Isso poderia capacitar as pessoas a alcançar coisas que não poderiam antes. Poderíamos ser capazes de colaborar em algo muito mais facilmente se estivéssemos sentados aqui fazendo um brainstorming sobre isso e, de repente, pudéssemos obter algo digitalmente, ver e começar a colaborar e criar com ele. E então é a ideia de que existe esse ambiente que pode ser ainda melhor do que apenas o mundo real — sobrepor o mundo virtual em cima dele pode ser um mundo ainda melhor. E isso é emocionante. Se pudesse acelerar a criatividade, se pudesse apenas ajudá-lo a fazer as coisas que você faz o dia todo e você realmente não pensou em fazê-las de uma maneira diferente.

O CEO continuou falando sobre as vantagens de um dispositivo do tipo, como medir objetos físicos, visualizar uma arte digital em paredes reais e outras tantas possibilidades. Então, o entrevistador relembrou Cook sobre seus comentários — um tanto quanto céticos — feitos em 2015, quando apareceram rumores sobre óculos inteligentes da Apple (aos moldes de um Google Glass), pelo que ele reconheceu:

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Sempre pensamos que os óculos não eram uma jogada inteligente, do ponto de vista de que as pessoas realmente não gostariam de usá-los. Eles eram intrusivos, em vez de colocar a tecnologia em segundo plano, como sempre acreditamos. Sempre pensamos que iria fracassar e, você sabe, até agora tem [fracassado].

Entretanto — e o que podemos interpretar como um forte indício de que veremos, sim, um headset da Maçã —, Cook reconheceu que estava errado, citando até mesmo o próprio Steve Jobs como influência para tal:

Meu pensamento sempre evolui. Steve me ensinou bem: nunca se comprometer com suas convicções do passado. Sempre, se for apresentado a algo novo que diga que você estava errado, admita e siga em frente, em vez de continuar apegado àquilo e dizer por que você está certo.

Como o próprio Cook admitiu, o que temos visto atualmente — com o Google Glass ou o Meta Quest, por exemplo — não chegou a causar grande impacto nos consumidores. Sendo assim, o entrevistador levantou a questão se essas experiências não deixariam a Apple, de certa forma, cautelosa de tentar entrar nesse mercado.

O CEO, então, apenas relembrou outros sucessos da empresa que, inicialmente, as pessoas olhavam com ceticismo:

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“Praticamente tudo o que já fizemos, havia muitos céticos. Se você fizer algo que está no limite, sempre haverá céticos”. Cook diz que, quando a Apple decide entrar em um mercado, ele se faz as seguintes perguntas: “Podemos fazer uma contribuição significativa, de alguma forma, algo que outras pessoas não estão fazendo? Podemos possuir a tecnologia primária? Não estou interessado em juntar pedaços das coisas de outra pessoa. Porque queremos controlar a tecnologia primária. Porque sabemos que é assim que se inova.”

Essas falas trazem, de fato, uma esperança bem grande de que veremos — possivelmente na WWDC23 — o headset de realidade mista da Apple.

Além disso, a entrevista tratou de diversos outros temas, desde os mais pessoais até os mais delicados, como o período em que precisou assumir o cargo de CEO após a morte de Jobs ou mesmo como fazer negócios com pessoas que pensam diferente dele — como foi o caso do então presidente americano Donald Trump ou do bilionário Elon Musk.

Esses e outros assuntos podem ser conferidos na entrevista completa, aqui.

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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