No mês passado, comentamos o caso de um australiano que conseguiu o feito de invadir os sistemas da Apple múltiplas vezes, por quase dois anos. O jovem, que no início dos ataques tinha 16 anos, conseguiu baixar mais de 90GB de dados da rede da Maçã — porém a companhia afirmou que nenhum dado de usuário foi comprometido.
O réu, agora com 19 anos, confessou em agosto passado que invadiu os sistemas da Apple e enfrentou duas acusações relacionadas a esses ataques — uma com pena máxima de dois anos de prisão, e outra com pena máxima de um ano. No entanto, o magistrado que lida com o caso determinou liberdade condicional de oito meses e disse que nenhuma condenação seria registrada, conforme divulgado pelo The Age.
Ainda que tenha ficado fora do registro, o juiz disse ao acusado que esses ataques são “sérios, sustentados e sofisticados”, afetando a segurança de uma das maiores corporações do mundo. Durante as investigações, aproximadamente 1TB de informações confidenciais dos sistemas da Apple foram recuperados — muito mais do que os 90GB divulgados pelos relatórios iniciais.
Além do réu, a polícia australiana está investigando a participação de outras pessoas nesses ataques, segundo informou hoje um promotor ao tribunal. Evidências contra um segundo adolescente foram enviadas para o promotor de Justiça da Comunidade das Nações (Commonwealth), uma organização intergovernamental composta por 53 países.
De acordo com a Bloomberg, o magistrado disse ao tribunal que a condenação do jovem está focada na reabilitação do réu, que “mostrou remorso e cooperou com as autoridades”. O site informou, ainda, que o jovem foi aceito na universidade para estudar criminologia e segurança cibernética.
via Cult of Mac