Exatos 1.475 dias após a penúltima atualização, a Apple lançou ontem, finalmente, novos Macs mini.
Nós obviamente já falamos das principais novidades no post de ontem, mas vamos agora destrinchá-las para que fique bem claro tudo o que mudou nessa nova geração do Mac já não mais tão barato de toda a linha Apple.
Design
A carcaça do Mac mini continua a mesma, com 19,7cm de lado e 3,6cm de altura, mas seu alumínio agora é anodizado na cor cinza espacial e não mais prateada. Dá um ar mais “profissional” à maquininha.
Ele ficou um pouquinho mais pesado: de 1,2kg para 1,3kg.
Conectividade
A traseira do novo Mac mini é um tantinho diferente:
- De duas portas Thunderbolt 2, passamos para quatro Thunderbolt 3 (USB-C);
- De quatro portas USB-A (3.0), passamos para duas;
- Continuamos com uma porta Gigabit Ethernet, mas ela pode ser personalizada para 10Gb;
- A porta HDMI continua, mas agora é 2.0;
- A saída de 3,5mm para fones de ouvido continua, mas perdemos a entrada para microfone;
- A Apple também removeu o slot para cartões de memória SDXC.
Na parte sem fio, o Wi-Fi continua sendo 802.11ac (aka Wi-Fi 5) e o Bluetooth passa de 4.0 para 5.0. O antigo Mac mini também tinha um receptor de IR para controles remoto, que não existe mais no novo.
Processadores
Obviamente, o salto em quatro anos tinha que ser grande. Temos nos novos Macs mini chips Intel Core i3, i5 ou i7 de oitava geração, com quatro ou até seis núcleos cada.
O modelo-base é um Core i3 quad-core de 3,6GHz com cache L3 compartilhado de 6MB, e o topo-de-linha é um Core i7 hexa-core de 3,2GHz (Turbo Boost de até 4,6GHz) com cache L3 compartilhado de 12MB.
Lá dentro, também temos agora o chip de segurança T2.
Gráficos
Aqui, um upgrade comum/esperado: antes tínhamos opções de gráficos integrados Intel HD 5000 ou Iris. Agora, a opção é UHD Graphics 630 — até 60% mais rápidos, segundo a Apple. Nada de GPU dedicada nos Macs mini.
A nova geração é capaz de dar saída para até dois monitores 4K conectados via Thunderbolt 3 e mais um 4K conectado via HDMI 2.0, ou até um monitor 5K conectado via Thunderbolt 3 plus e mais um 4K conectado via HDMI 2.0.
RAM
Antes, tínhamos versões de 4GB ou 8GB da memória LPDDR3 de 1.600MHz e o Mac mini podia ser configurado até 16GB. Agora, todos os modelos vem por padrão com 8GB podendo ser configurados com 16GB, 32GB ou até 64GB(!) de memória DDR4 de 2.666MHz.
Além disso, a Apple diz que são pentes de memória SO-DIMM — ou seja, o próprio usuário poderá abrir o Mac mini e fazer upgrade da RAM.
Mac mini RAM can be updated post-purchase but Apple strongly recommends you bring it to a certified place or Apple Store to have it done. https://t.co/MEjIk1U0YX
— Rene Ritchie (@reneritchie) 30 de outubro de 2018
A RAM do Mac mini pode ser atualizada após a compra, mas a Apple recomenda fortemente que você leve ele a um local certificado ou a uma Apple Store para o procedimento ser realizado.
Armazenamento
Adeus, discos rígidos! Antes, tínhamos opções com HDDs de 5.400RPM de 500GB ou 1TB, configuráveis para Fusion Drive de 1TB ou 2TB, ou também SSD de 256GB, 512GB ou até 1TB.
Agora, é tudo SSD — e bem mais rápido, por sinal (baseado em PCIe). As versões padrão são de 128GB ou 256GB, mas configuráveis para 512GB, 1TB ou até 2TB. Obviamente, essas memórias flash são soldadas à placa lógica, então não temos como correr dos altos preços que a Apple cobra pelos upgrades.
Preços
Já vimos que os preços dos Macs mini subiram bastante no Brasil, mas lá fora também a linha ficou *bem* mais cara: antes, o modelo mais básico custava US$500; agora, parte de US$800.
Se você configurar o novo Mac mini no talo (Core i7 de 3,2GHz, 64GB de RAM, SSD de 2TB e 10 Gigabit Ethernet), terá que gastar — sente-se — uma bagatela de US$4.200!
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Com isso, temos uma visão mais clara do que é o novo Mac mini. Tirando a subida de preço, o upgrade foi bem dentro do esperado (ok, ele poderia ter ficado um pouco menor, vai…) e, agora, fica a torcida para que a máquina volte a receber atualizações mais frequentes.