Após divulgar os resultados financeiros referentes ao seu quarto trimestre fiscal, a Apple enviou hoje para a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) o seu formulário anual 10-K [PDF], no qual descreve em 72 páginas os investimentos feitos em pesquisa e desenvolvimento, funcionários, ações, propriedades e outras informações.
Com relação a P&D, era esperado que os investimentos da Maçã nessa área fossem maiores que os US$11,6 bilhões aplicados em 2017. E foi isso que aconteceu: neste ano, a Apple investiu cerca de US$14,2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, um crescimento de quase US$3 bilhões em relação ao ano passado.
Além disso, a gigante de Cupertino ficou ainda maior; em 2017, a companhia possuía mais de 1,2 milhão de metros quadrados sob o seu nome e alugava mais de 2,1 milhões de metros quadrados. Este ano, as expansões da Maçã culminaram em 1.486.448m² de área construída e 2.257.543m² em locais alugados pela empresa — a Apple é inquilina de alguém por aí?
Tanto espaço era necessário, já que a Apple contratou mais de 9 mil funcionários este ano e conta agora com 132 mil colaboradores em todo o mundo. Tanto os novos quanto os antigos funcionários foram instruídos, no entanto, a seguir um rigoroso protocolo com relação às garantias e aos reparos de dispositivos nas lojas da Maçã, o que reduziu as despesas com pedido de garantia em US$200 milhões desde 2016, totalizando US$4,1 bilhões neste ano.
A companhia continua a executar seu programa de recompra de ações, reduzindo o seu número de acionistas. No ano passado, a Apple possuía mais de 25 mil acionistas registrados; neste ano, esse número caiu para pouco menos de 24 mil. A nível de curiosidade, atualmente estão em circulação no mercado financeiro mais de 4,7 milhões de papéis da Apple.
Por outro lado, os investimentos em 2019 deverão cair: a Apple antecipou que irá investir US$14 bilhões no próximo ano, bem menos que os US$16,7 bilhões aplicados este ano na construção de data centers, lojas e em equipamentos. A companhia informou, ainda, que “disputas comerciais internacionais” também deverão afetar negativamente seus negócios — referindo-se à batalha comercial entre os Estados Unidos e a China.
Disputas comerciais internacionais podem resultar em tarifas e outras medidas protecionistas que possam afetar negativamente os negócios da companhia. As tarifas podem aumentar o custo dos produtos da empresa e os componentes e matérias-primas que são utilizados para produzi-los. Esses custos crescentes podem afetar negativamente a margem bruta que a empresa obtém em seus produtos.
Não é por menos que chamamos a Apple de “gigante de Cupertino”. Tudo o que está relacionado com a empresa é imenso.
via MacRumors