A Apple já manifestou antes seu desejo de continuar apoiando o Acordo de Paris depois que o Governo Trump retirou os Estados Unidos do tratado, o qual estabelece metas práticas para reduzir os efeitos do aquecimento global. Agora, a empresa repetiu essa pretensão por meio da sua vice-presidente de iniciativas sociais, políticas e de meio-ambiente, Lisa Jackson.
A executiva, que já foi responsável por uma das principais agências ambientais dos EUA durante o Governo Obama, esteve na conferência de tecnologia Web Summit, em Lisboa, onde fez comentários referentes ao Acordo e ao fato de que a Apple pode continuar sendo uma empresa (extremamente) lucrativa respeitando o meio ambiente e as regras do tratado.
O ar que nós respiramos e o planeta que deixamos para nossos filhos não pertencem ao partido de ninguém, ou à ideologia de ninguém — pertencem a todos nós, e os governos deveriam ser nossos aliados nesse trabalho. Na Apple, nós apoiamos e continuamos apoiando o Acordo Climático de Paris.
Jackson afirmou ainda que “não existe conflito entre um planeta saudável e resultados financeiros saudáveis”, acrescentando que essa seria “uma escolha falsa e que todos deveriam rejeitar”.
Claro que, mesmo com a maior empresa de capital aberto do mundo (e várias outras) desafiando uma decisão de Donald Trump, é improvável que o governo americano volte atrás na sua decisão. Ainda assim, não deixa de ser uma ação valorosa da Apple e das outras companhias — deixar clara a insatisfação em relação a um assunto tão importante, num momento tão crucial quanto o que estamos vivendo, é uma baita atitude responsável, ainda que calcada no âmbito do marketing.