Parece um movimento automático: você está sem fazer nada e/ou numa situação de tédio e, mecanicamente, põe a mão no bolso ou na bolsa para, em uma questão de minutos, mergulhar numa janela para o mundo mais conhecido como smartphone. Quantas vezes você acha que isso acontece por dia consigo mesmo? Talvez seja difícil de mensurar (ou não, como veremos à frente), mas o fato é um só: a média está subindo rápido.
Como trouxe a CNET, a Deloitte liberou esta semana um estudo focado nos usuários americanos de smartphones e dispositivos móveis e, nele, um dado chama a atenção: a quantidade de vezes em que os estadunidenses checam seus aparelhos por dia está maior que nunca. A média chegou a 52 vezes por dia em 2018 — um salto considerável em relação às 47 vezes de média registradas em 2017.
Os dados começam a tomar ares ainda mais preocupantes quando percebemos que, entre todos os indivíduos entrevistados, 40% admitiram que usam seus smartphones “demais”; 60% dos usuários entre 18 e 34 anos afirmaram ser viciados nos aparelhos. Além disso, 63% dos entrevistados disseram que estão tentando limitar o uso dos dispositivos móveis, mas apenas metade deles está conseguindo — ou seja, o problema é real.
Apesar de os dados se referirem somente aos EUA, onde 85% dos habitantes já possuem um smartphone, não é difícil de presumir que um cenário semelhante esteja se formando no Brasil ou em basicamente qualquer país do mundo. Não é para menos: os famigerados dispositivos móveis, como coloca a própria Deloitte, se transformaram — para o bem e para o mal — numa espécie de epicentro das nossas vidas, onde realizamos tarefas de todos os tipos e naturezas.
Felizmente, as empresas (incentivadas por instituições como a Time Well Spent) têm dado mais atenção a esse fenômeno e incluído formas de monitorar/controlar seu uso de dispositivos móveis nos próprios sistemas operacionais. Nós temos um guia bem completo sobre como usar o Tempo de Uso, do iOS, caso você tenha interesse — ele, inclusive, diz exatamente quantas vezes no dia você checou seu iPhone/iPad, para que você compare seus hábitos com a média dos EUA. Fique à vontade para compartilhar sua média conosco nos comentários.
Ainda segundo a Deloitte, outros segmentos de dispositivos móveis têm a popularidade bem mais branda. O uso de smartwatches cresceu 1% e agora os dispositivos são adotados por 14% dos americanos; os tablets, por sua vez, caíram – 62% dos estadunidenses tinham um em 2017, e agora são 57%. Os alto-falantes inteligentes, por sua vez, cresceram de 12% para 20%.
Em termos de recursos, o uso de assistentes digitais, como a Siri, cresceu 11% em relação a 2017. E os americanos estão ligados nas novas tecnologias: 60% dos entrevistados afirmaram que a inclusão do 5G em seu próximo smartphone é “razoavelmente” ou “muito importante” na decisão da próxima compra — ou seja, é bom a Apple decidir logo que caminho vai tomar nessa história.