As últimas semanas não foram nada boas para a $AAPL.
Logo após a Apple divulgar seus últimos resultados financeiros, as ações dela já haviam caído significativamente a ponto de a empresa cair abaixo da linha do US$1 trilhão em valor de mercado. E essa performance negativa continuou de lá para cá, atingindo um valor mínimo recente de US$186,80 — ainda ontem (14/11).
Hoje os papéis deram uma pequena recuperada, subindo 2,47% e fechando o dia cotados a US$191,41. O valor de mercado da Apple está agora em US$908,3 bilhões, ainda mantendo a sua posição como a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo. Em seguida vêm Microsoft com US$823,5 bilhões, Amazon (que também chegou a superar o US$1 trilhão há algumas semanas) com US$791,9 bilhões e Alphabet/Google com US$743,7 bilhões.
Desde a última máxima histórica da $AAPL, registrada no dia 3 de outubro (quando ela fechou dia cotada a US$232,07), a queda acumulada é de quase 18%.
Além dos motivos citados em nossa matéria anterior, as últimas semanas foram permeadas de rumores e especulações acerca da performance dos iPhones XS, XS Max e XR. Infelizmente, parece que analistas de Wall Street têm memória curta pois não faz nem um ano que ouvíamos o mesmo pessimismo em relação ao iPhone X, que depois provou-se ser o modelo de smartphone mais vendido pela Apple por vários meses seguidos.
Pode ser que a Apple tenha errado a mão este ano, que os novos iPhones não tenham empolgado tanto o mercado ou até mesmo que estejam vendendo bem porém abaixo das expectativas mais otimistas? Pode ser, claro. Mas, até observarmos uma queda importante na receita da empresa em alguma conferência oficial de resultados financeiros, tudo não passa de burburinho/especulação. Mesmo que ela não vá mais divulgar dados de vendas por unidades, qualquer performance ruim nas vendas de iPhones impactaria fortemente o seu faturamento.
Aliás, esse é outro ponto que analistas pouco levam em consideração. Sim, o iPhone ainda representa mais da metade da receita total da Apple, mas não é o único produto dela. E, hoje em dia, parece que a $AAPL só sobe ou desce de acordo com números referentes ao iPhone. Só o segmento “Serviços” da Apple gerou US$10 bilhões em receita no último trimestre, uma cifra estrondosa e que continua crescendo de forma acentuada. A Morgan Stanley é uma das poucas que enxerga isso de forma bem clara.
Warren Buffett continua comprando
Quem continua apostando bem forte na Apple é a Berkshire Hathaway, do magnata Warren Buffett.
Durante o terceiro trimestre de 2018, ela adquiriu mais 522.802 papéis da Maçã — totalizando nada mais nada menos que 252.478.779 ações, as quais representam, agora, 26% de todo o seu portfólio de investimentos.
Esses papéis valem, com base no valor de fechamento de hoje da $AAPL, mais de US$48 bilhões. Ou seja, a Berkshire detém cerca de 5% das ações da Apple disponíveis no mercado.
E a Berkshire é só uma de várias que continuam apostando muito no potencial da Maçã. Ainda mais agora, é claro, neste momento de baixa.