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Caixas de iPhones nas mãos de mulher

Acordo da Apple com a Amazon prejudicará centenas de pequenos comerciantes

Há dez dias, falamos aqui sobre um acordo recém-formado entre Apple e Amazon que finalmente daria à Maçã uma presença oficial na maior varejista do mundo — a partir das próximas semanas, apenas a própria Apple e revendedoras autorizadas suas poderão vender seus produtos nas lojas da Amazon em vários países, inclusive os EUA.

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No geral, o acordo é muito bom para os consumidores, que podem usufruir dos benefícios da Amazon (como o plano Prime, por exemplo) e continuar desfrutando das políticas de pós-venda da Apple e de suas parceiras. Um aspecto, entretanto, foi ignorado: o dos revendedores atuais, não-autorizados.

A CNET publicou hoje uma reportagem falando sobre os pequenos empresários ou donos de lojas de reparo sem vínculos oficiais com a Apple que, com a mudança de política da Amazon, perderão uma fonte de renda importante — como explicamos no post citado acima, esses revendedores terão até o início de janeiro para vender todos os seus itens ainda armazenados nos galpões da Amazon; o que não for vendido será devolvido a eles e suas vendas só poderão ser retomadas caso seus negócios se tornem autorizados pela Maçã.

Uma das histórias destacadas na reportagem é a de Page Weil, um engenheiro do estado americano do Colorado que começou a vender produtos usados e recondicionados da Apple, como teclados antigos e iMacs, coletados em sua loja de reparos. Ao longo do último ano, ele gerou uma receita bruta de cerca de US$300.000, com lucro líquido de US$40.000 — dinheiro providencial para pagar uma cirurgia importante a que sua esposa teve de se submeter e outros gastos da família.

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Com as mudanças na regra do jogo, Weil e centenas de outros pequenos negociantes terão de encontrar outras formas de comercializar os produtos da Apple — ou abandonar a empresa. O eBay já se mobilizou para tentar atrair esse séquito de revendedores subitamente abandonados, e oferecerá alguns benefícios como anúncios patrocinados e hospedagem gratuita; ainda assim, nada se compara ao suporte e à visibilidade dada pelos negócios na Amazon, que detém quase 50% do varejo eletrônico dos EUA.

Não é a primeira vez que a Amazon faz uma movimentação do tipo: no ano passado, um acordo semelhante foi assinado com a Nike, fazendo uma horda de revendedores não-autorizados da gigante dos esportes perderem seus espaços no site e terem que se curvar a opções menos vantajosas ou ao processo para tornarem-se parceiras oficiais da empresa — o que muitas vezes não é possível, já que empresas do porte da Nike (ou da Apple) só têm interesse em trazer para debaixo das suas asas revendedoras com um volume muito maior de vendas.

Voltando à situação de Weil, o engenheiro afirmou que sempre pensou na possibilidade de um acordo com a Apple que o tirasse da jogada, mas imaginou que tal evento seria acompanhado de um maior suporte ou ajuda por parte da Amazon — coisa que não aconteceu mesmo após os mais de US$80 mil em taxas pagos à varejista ao longo dos últimos três anos. “Venda até a gente decidir te expulsar” — é como ele classifica o comportamento da gigante de Jeff Bezos.

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Agora, Weil e outras centenas (ou milhares) de revendedores não-autorizados terão de encontrar outras formas de comercializar seus produtos da Maçã. Esperamos que a história acabe bem para todo mundo.

via 9to5Mac

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