Entre especulações sobre as vendas dos novos iPhones e a possibilidade de a Apple reduzir o valor do XR no Japão, a Bloomberg trouxe um dado que coloca a Maçã numa posição ainda mais defensiva: as buscas, isto é, o interesse geral pelo iPhone caíram em nove dos últimos dez meses do ano. E não é só isso.
Os dados, fornecido pelo Google Trends, mostram que o “interesse” dos usuários pelo iPhone ficou abaixo da metade do pico nas pesquisas, alcançado em setembro de 2012 com o lançamento do iPhone 5. A única exceção foi em setembro passado, quando a Maçã apresentou os iPhones XS, XS Max, XR e o Apple Watch Series 4.
Conforme destacado pelo Cult of Mac, qualquer um que acompanhou as notícias do universo da Apple há seis anos sabe que o interesse, tanto do iPhone quanto da própria companhia, estavam em alta. No ano anterior, o cofundador da Maçã, Steve Jobs, faleceu, e em 2012 a empresa apresentou o seu primeiro smartphone sob o comando de Tim Cook.
Ademais, a gigante de Cupertino tinha menos concorrentes fabricando smartphones que brigavam diretamente com o iPhone, e o Android começava a ganhar força no mercado mundial; por outro lado, a Maçã também lançou mais dispositivos. Esses fatores ajudam a entender que existem diversas peças atuando na expressividade/popularidade do iPhone, que não é representado somente pelo número de pesquisas.
Para o analista da Bloomberg Intelligence John Butler, é provável que o final do ano seja fraco (no quesito de vendas) não só para a Apple, mas para outras fabricantes que também se consolidaram no mercado mundial.
A nova linha da Apple é sólida, assim como os telefones mais recentes da Samsung, da Huawei e da LG. Não espero um Natal excepcionalmente fraco para qualquer um desses fornecedores, apesar do recente fluxo de notícias em torno da cadeia de fornecimento da Apple.
Como sempre enfatizamos, não há como afirmar se as vendas de iPhones estão boas ou ruins. O fato é que os dedos começaram a ser apontados em direção à Maçã, mais uma vez.