Como comentamos ontem, a Apple lançou uma atualização emergencial do iOS que, na teoria, além solucionar um problema com a ativação do eSIM nos iPhones XS, XS Max e XR, resolveria o imbróglio com patentes da Qualcomm que gerou a maior polêmica na última semana.
De acordo com a Reuters, a Apple confirmou que a atualização de ontem foi lançada com esse intuito, mas parece que a Qualcomm ainda não está nem um pouco satisfeita com essa solução. Para o vice-presidente da empresa, Don Rosenberg, “as declarações da Apple após a emissão da liminar foram tentativas deliberadas de enganar [a decisão judicial]”.
Apesar dos esforços da Apple em minimizar a importância do pedido e suas alegações de várias maneiras, a Apple aparentemente continua desrespeitando o sistema legal ao violar as liminares.
A liminar que o VP da Qualcomm se referiu é, naturalmente, aquela divulgada no começo da semana passada sobre o banimento de vários modelos de iPhones da China, que infringiam patentes da fabricante de chips. A Apple, no entanto, disse que “todos os iPhones permanecem disponíveis para venda” no país — e assim continuam.
Quando questionada pela Reuters sobre as declarações da Qualcomm, a Apple reiterou sua posição e acredita “estar em conformidade com a ordem judicial”. A companhia não esclareceu por que acredita estar cumprindo com o pedido, mas isso deve ter relação com a suposição de que os dispositivos que rodam o iOS 12 não incluem os tais recursos infratores das patentes.
O esforço da Qualcomm para proibir nossos produtos é outro movimento desesperado de uma empresa cujas práticas ilegais estão sendo investigadas por reguladores em todo o mundo. Nós vamos buscar todas as nossas opções legais através dos tribunais.
Isso é, como dissemos, uma suposição. Na ordem emitida pela corte chinesa, não é mencionado nenhum sistema operacional em específico e sim recursos de software relacionados a gerenciamento de aplicativos (alternar entre apps) em um smartphone e outra envolvendo alguma questão com fotos, como destacou o AppleInsider.
Se essa batalha estava perto de acabar, agora talvez não seja o caso — ainda mais depois de as parceiras da Maçã declararem guerra à fabricante de chips.