Mais um dia, mais um capítulo da eterna batalha judicial entre Apple e Qualcomm. Só que hoje nenhuma das duas empresas de fato agiu — em vez disso, quem está sob os holofotes é uma aliança chinesa dedicada a combater produtos falsificados. Que?
Explico: em dezembro, uma corte chinesa emitiu dois mandados preliminares contra quatro subsidiárias locais da Apple orientando a suspensão da venda de alguns modelos do iPhone por conta da suposta infração de patentes da Qualcomm. A Apple “resolveu” o problema mudando uma animação do iOS que seria parte constituinte das patentes e continuou vendendo os aparelhos normalmente no país.
A Qualcomm afirma que a Maçã está fazendo pouco caso da decisão, continua desrespeitando as patentes e que deve interromper a venda dos aparelhos em território chinês imediatamente.
É aí que entra a Aliança Estratégica de Inovação Anti-Violações e Anti-Falsificações da China (sim, o nome é grande), uma instituição não-governamental. Ela publicou em seu site uma declaração direcionada à Apple, afirmando que a empresa deve “respeitar a decisão judicial em vez de desafiar ou pisar na lei chinesa, se aproveitando de seu enorme poder econômico e influência”. O comunicado, redigido originalmente em inglês, segue:
A Aliança notou que as quatro subsidiárias chinesas da Apple ligadas ao processo não cumpriram a ordem e até se recusaram a receber o mandado emitido legalmente pela corte. Tal ato trouxe ampla atenção, gerou discussões acaloradas e até causou grande indignação na China e no resto do mundo.
Vale lembrar que as palavras da Aliança não possuem valor legal, já que trata-se de uma ONG; apesar disso, estamos falando de uma instituição com uma influência considerável na China — empresas como Xiaomi e Alibaba fazem parte do seu quadro de membros, bem como universidades e associações comerciais importantes do país. Portanto, não é algo que a Apple deve desconsiderar totalmente.
Será que a Maçã ainda terá mais essa batata quente para lidar nos próximos tempos?
via AppleInsider