O anúncio do Stage Manager por parte da Apple na WWDC22 deixou muitos donos de Macs e (principalmente) de iPads animados. Mas o “muitos” se limitou a um grupo bem pequeno, visto que a empresa logo destacou que o recurso só estará disponível nos tablets com o chip M1.
A Apple logo foi pressionada a explicar o porquê da limitação, tendo destacado que ela se dá — entre outros fatores — pois o recurso de troca (swap) rápida de memória do iPadOS 16 requer o chip projetado para os computadores da Maçã.
Além disso, a empresa explicou que o Stage Manager — por permitir executar até oito apps simultaneamente no iPad e em um monitor externo — precisa de uma grande memória interna, armazenamento muito rápido, entre outros fatores, o que requer iPads com chips M1.
Porém, a polêmica em torno do Stage Manager ainda não é uma página virada para a Maçã, visto que a limitação continua sendo amplamente repercutida pela imprensa especializada — e, automaticamente, também defendida pela empresa.
Uma missão, um escolhido…
O maior porta-voz da Apple nessa missão é Craig Frederighi (vice-presidente sênior de softwares), que concedeu algumas entrevistas ao longo dos últimos dias para enfatizar o motivo de o Stage Manager não poder ser liberado para tablets que não contam com o chip M1.
Questionado pela Forbes, por exemplo, ele elogiou o fato de a Apple ter deixado clara a limitação desde o início, destacando que ela se dá com o objetivo de “manter a capacidade de resposta da experiência” multitarefa no iPad.
Além disso, ele enfatizou que a Apple testou, sim, o Stage Manager em iPads com chips da linha “A” (a mesma presente nos iPhones) e que “ficou evidente no início que não se poderia entregar a experiência que estava sendo projetada [para o recurso] com eles”.
Certamente, adoraríamos levar qualquer nova experiência para todos os dispositivos que pudéssemos, mas também não queremos segurar a definição de uma nova experiência e não criar a melhor base para o futuro nessa experiência. E nós realmente só poderíamos fazer isso construindo no M1.
Apesar das explicações da Apple, a polêmica amplia-se justamente por incoerências como esta, destacada pelo desenvolvedor Steve Troughton-Smith:
Conforme colocado por ele, o iPad Air com M1 obviamente suportará o Stage Manager, mas em sua versão de 64GB não suporta a troca de memória virtual — justamente uma das coisas que a Apple diz ser necessária para o recurso.
Em outra entrevista, essa ao TechCrunch, Federighi destacou que, embora o recurso já tenha sido anunciado pela Apple aparentemente completo, ele continuará avançando e sendo incrementado nas versões beta que antecederão o lançamento do iPadOS 16 para o público geral.
Agora, segundo ele, a Maçã tentará fazer com que os desenvolvedores preparem seus apps para o recurso, mas ao mesmo tempo está dando atenção aos feedbacks e às sugestões que vêm recebendo — e, inclusive, algumas delas serão adotadas em breve.
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