É assustador pensar que o Facebook é dono, hoje, de três das redes de comunicação mais populares do planeta. E a notícia do dia, trazida pelo New York Times, é que Mark Zuckerberg estaria cogitando “mesclá-las”.
Segundo fontes do jornal, há um plano em desenvolvimento para 2020 (ou, de forma bem otimista, para o final deste ano) que pretende integrar os usuários do WhatsApp, do Messenger e do Instagram. Ou seja, as pessoas poderiam se comunicar usando qualquer um dos três apps.
Os três permaneceriam disponíveis separadamente, mas suas rotas de comunicação passariam a ser uma só — e criptografada de ponta a ponta, também segundo a reportagem.
Pensando tecnicamente na coisa, uma integração entre o WhatsApp e o Messenger me parece mais simples do que com o Instagram na jogada, visto que os dois primeiros permitem que o usuário se logue simplesmente pelo seu número de telefone e são relativamente parecidos. Já o Instagram requer uma conta cadastrada, que hoje em dia pode ser a mesma do Facebook, e tem seu mensageiro como uma função extra à rede social de fotos/vídeos.
Um porta-voz do Facebook confirmou ao NYTimes que a empresa quer “construir as melhores experiências de mensagens que puder; e que pessoas querem que mensagens sejam rápidas, simples, confiáveis e privadas. Estamos trabalhando em tornar mais dos nossos mensageiros criptografados de ponta a ponta e avaliando formas de tornar mais fácil interagir com amigos e parentes através de redes.”
A facilidade de poder se comunicar com mais pessoas me soa como algo positivo, mas por trás das cortinas certamente há um interesse profundo do Facebook de obter ainda mais controle e informações de todos os seus usuários. Como sempre dizem, se algo é de graça, *você* é que é o produto.
Atualização 30/01/2019 às 22:55
Numa conferência financeira realizada hoje, Mark Zuckerberg foi questionado sobre esse rumor e disse se tratar de algo “para 2020 ou além”, e que tudo ainda está num estágio inicial de planejamento.
Ou seja, para quem ficou desesperado com a notícia, pode se tranquilizar que não é algo para o curto prazo. Se é que vai rolar, mesmo.
via The Verge