Não, você não leu errado; neste episódio de “processos absurdos demais para acreditar”, veja como um cliente da Apple na Califórnia (EUA) abriu uma ação coletiva contra a companhia envolvendo um recurso que oferece uma camada de segurança extra para entrar na sua conta iCloud em novos dispositivos: a autenticação de dois fatores.
Segundo o autor do processo, Jay Brodsky, essa opção “tira muito tempo do dia de um usuário” e que muitos desses continuam a sofrer danos, principalmente financeiro, dado o “desperdício de tempo pessoal causado”. Além disso, ele alegou que a Apple aplica uma política “coercitiva” ao não permitir que usuários desativem esse recurso após duas semanas da ativação.
Em um documento de suporte, a Apple explica que impede que os usuários desativem a autenticação de dois fatores após o período de duas semanas porque “certos recursos das versões mais recentes do iOS e do macOS exigem essa camada adicional de segurança”.
No entanto, o autor da ação coletiva fez duas afirmações um pouco equivocadas: primeiro, ele disse que com o lançamento do iOS 9, em setembro de 2015, a Apple ativou a opção de autenticação de dois fatores no seu ID Apple sem a sua autorização ou conhecimento (sendo que é necessário que o usuário ative o recurso manualmente); em segundo lugar, ele contou que tal camada de segurança é exigida toda vez que você liga um dispositivo da Apple (o que é falso, já que esse recurso é necessário somente ao entrar na sua conta iCloud — o que não é requisitado ao ligar um dispositivo).
Pela suposta “interferência da Apple no uso dos dispositivos pelos usuários”, a ação coletiva exige medidas cautelares, multas e penalidade aplicadas de acordo com as leis de fraude e abuso de computadores e de invasão de privacidade do estado da Califórnia. Ademais, o processo busca “todos os fundos, receitas e benefícios” que a Apple “injustamente recebeu” desse recurso. 😕
via AppleInsider