Muito se fala sobre o segmento Serviços da Apple e como ele pode, em breve, tomar o lugar do iPhone como mais lucrativo e motor de crescimento principal da empresa. De fato, a receita proveniente dos serviços da Maçã atingiu mais um recorde histórico no último trimestre fiscal: US$10,9 bilhões. O que a gente não lembra é que uma parte significativa dessa grana vem de um lugar muito específico: Mountain View, Califórnia.
Analistas do Goldman Sachs publicaram na CNBC um relatório expondo como o Google ainda é responsável direto por cerca de 20% da receita do setor Serviços da Apple simplesmente para garantir seu lugar como buscador padrão no navegador Safari. Segundo o analista Rod Hall, só em 2018 a gigante pagou cerca de US$10 bilhões à Apple por esse acordo — estimativa ainda maior do que a que havíamos comentado em setembro passado.
Isso, claro, não é ideal para a Apple: se a empresa realmente quer que o segmento alce voos ainda maiores a ponto de se tornar seu carro-chefe, é salutar que ele não tenha 1/5 da sua receita pago diretamente por uma das suas principais concorrentes.
Hall opinou que, para se livrar da dependência do Google e considerar esse pagamento anual apenas como um agradável bônus e não como parte fundamental, a Apple terá de fazer o setor crescer ainda mais — algo entre 5% e 9% superior ao atualmente registrado por lá.
A solução óbvia para potencializar esse crescimento, disse o analista, é justamente a que todos nós estamos esperando: o lançamento da nova plataforma de mídia da Apple, englobando o Apple Music, o serviço de streaming de filmes/séries e o “Netflix de revistas” que está sendo planejado nos porões de Cupertino. Algumas dessas novidades, quem sabe, poderão ser vistas já no mês que vem.
Resta saber, claro, quanto a Apple pretende cobrar por essa plataforma e como a empresa pretende atrair novos usuários para ela, além daqueles que já estão no seu ecossistema. As respostas para essas perguntas deverão surgir em breve.
via 9to5Mac