A RIAA (Recording Industry Association of America, ou Associação Americana da Indústria de Gravação) disponibilizou algumas informações [PDF] sobre o mercado fonográfico de 2018.
Alguns dados são mais do que óbvios e esperados, como por exemplo o crescimento de 30% dos serviços de streaming (coloque nesse bolo Spotify, Apple Music, Tidal, Amazon, Vevo, YouTube, Pandora, SiriusXM, etc.) — atingindo US$7,4 bilhões e representando 75% do total (US$9,8 bilhões) arrecadado no mercado musical no ano passado.
Vale notar que as receitas de serviços de streaming suportados por publicidade (não é o caso do Apple Music) cresceram 15% ao ano, atingindo US$760 milhões — um crescimento mais lento do que de outros formatos de streaming. Esses tipos de serviços reproduziram mais de 400 bilhões de músicas nos Estados Unidos, mais de um terço do total estimado de 1,2 trilhão. Ainda assim, contribuíram com apenas 8% da receita total gerada. Já as assinaturas de serviços pagos (como o Apple Music) cresceram 32%, totalizando US$5,4 bilhões (mais de 50% de toda a receita do mercado).
As receitas com downloads de faixas e álbuns caíram pelo sexto ano consecutivo, para US$1,04 bilhão — os downloads de álbuns caíram 25%, para US$500 milhões, e as vendas de faixas individuais caíram 28%, para US$490 milhões. Para termos uma ideia, em 2013 os downloads representaram 42% da receita do mercado; agora, em 2018, o número caiu para apenas 11%!
As vendas de mídias físicas (como CDs e vinis) caíram 23%, atingindo US$1,15 bilhão. Os CDs caíram 34%, para US$698 milhões (a primeira vez que as receitas ficaram abaixo de US$1 bilhão desde 1986); já os discos de vinil continuaram sendo a exceção ao declínio dos formatos físicos, totalizando US$419 milhões (um aumento de 8% em relação a 2017 e o nível mais alto desde 1988). Os vinis representaram mais de um terço das receitas dos formatos físicos.
E aí que entra o dado surpreendente: se comparamos os números, as vendas físicas (CDs e vinis) ficaram acima das vendas digitais! Lembrando, é claro, que tais números são focados no mercado americano. Ainda assim, não deixa de ser interessante para entender um pouco as mudanças nesse mercado tão volátil.
via AppleInsider