O melhor pedaço da Maçã.
Elizabeth Warren, pré-candidata à presidência dos EUA

Candidata à presidência dos EUA quer fragmentar empresas como a Apple

A corrida para as eleições presidenciais dos Estados Unidos já está dando seus primeiros passos, e o Partido Democrata se organiza para realizar uma das suas primárias mais disputadas dos últimos tempos. Dentre os principais candidatos colocando-se na disputa, temos o ex-vice-presidente Joe Biden, e os senadores Bernie Sanders, Kamala Harris e Elizabeth Warren.

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Essa última chamou a atenção da comunidade tecnológica hoje com uma proposta que é, no mínimo, ousada: segundo Warren, as grandes empresas de tecnologia dos EUA — como a Apple — constituem monopólios e precisam sofrer fragmentações para que ofereçam condições favoráveis de concorrência a outras empresas menores e entre si mesmas.

Como afirma a senadora:

Eu quero um governo que certifique-se de que todo mundo — até as maiores e mais poderosas empresas dos EUA — jogue seguindo as regras. E eu quero me certificar de que a próxima geração de grandes empresas tecnológicas americanas possa florescer. Para isso, nós precisamos fazer com que essa geração de empresas de tecnologia pare de usar seu poder político para moldar as regras a seu favor ou seu poder econômico para exterminar ou comprar qualquer concorrente em potencial.

Embora a Apple não seja citada nominalmente no artigo, que é mais focado na tríade Google/Facebook/Amazon, um representante da campanha de Warren confirmou à CNBC que a Maçã também seria afetada pelas mudanças propostas pela candidata.

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Basicamente, o primeiro passo do plano da senadora seria transformar lojas de aplicativos (ou quaisquer “partes” de grandes empresas que lidem com produtos de terceiros) em “plataformas de utilidade”. Estas seriam proibidas de comercializar produtos desenvolvidos pela própria empresa — ou seja, a App Store não poderia distribuir ou vender aplicativos da própria Apple e a empresa teria de escolher entre manter a loja ou distribuir seus apps de outra forma.

A mudança afetaria também, por exemplo, a Amazon Marketplace (onde vendedores terceirizados fazem suas vendas no mesmo ambiente da Amazon) e a busca do Google (que oferece um serviço da própria empresa enquanto exibe propagandas de outras companhias e negócios).

Além disso, o plano de Warren também revisaria várias fundições e aquisições consideradas “ilegais e anticompetitivas”, como a compra da rede de supermercados Whole Foods pela Amazon, o quarteto Google/Waze/Nest/DoubleClick ou o monstro de três cabeças Facebook/WhatsApp/Instagram. Segundo a senadora, desenlaçar essas fusões promoveria uma competitividade mais saudável no mercado e colocaria mais pressão nas grandes empresas tecnológicas para que elas se tornassem mais responsáveis para com as preocupações dos usuários, incluindo a privacidade.

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Obviamente, essas são apenas propostas deveras preliminares: Warren ainda não é sequer candidata e, mesmo que ela eventualmente vença as eleições, tudo isso teria que passar pelo Congresso dos EUA e ser revisado várias vezes até que se encontre um consenso entre os representantes do país. Ainda assim, é algo a se levar em conta.

via 9to5Mac

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