Ontem, confirmando rumores, a Apple anunciou o início da morte do iTunes. Quando for lançado em setembro/outubro, o macOS Catalina 10.15 não terá mais o aplicativo como conhecemos hoje, dividindo-o em três novos: Música, Podcasts e Apple TV.
Mas esse ainda não será o fim definitivo do iTunes. Para começo de história, a iTunes Store — loja que vende músicas, filmes e programas de TV — continuará existindo. No macOS Catalina, curiosamente, a Apple preferiu embuti-la no próprio Finder em vez de dentro de algum dos novos apps ela rodará na coluna lateral do novo app Música.
Já no mundo Windows, como noticiou o Ars Technica, o iTunes como aplicativo continuará existindo como é hoje — isto é, a Apple (ao menos por ora) não lançará apps independentes para usuários de PCs.
Não sei quanto ao Podcasts, mas eu vejo perfeitamente isso acontecendo no futuro com o Apple Music e o Apple TV. Fato é que, com o investimento crescente da Apple em serviços, é de todo interesse dela continuar com uma presença marcante no sistema operacional da Microsoft tal como tem no Android, no mundo mobile.
Funções do iTunes no Mac
O mesmo artigo do Ars também clarifica outros aspectos sobre funções mais “clássicas” do iTunes no Mac que alguns poderiam achar que desapareceriam no novo app Música.
Uma delas foi esclarecida ontem mesmo, na keynote da WWDC19: a sincronização com iPads, iPhones e iPods touch agora acontecerá no Finder. Quando você plugar um device ao Mac, nada acontecerá. Se quiser sincronizar algo, basta abrir uma janela do Finder e o dispositivo estará lá na coluna lateral pronto para ser selecionado.
O novo app Música continuará abrigando bibliotecas locais de faixas baixadas ou compradas da iTunes Store, não apenas o acervo do Apple Music. Dificilmente será possível ripar CDs/DVDs nele, porém, até porque já tem muitos anos que Macs perderam esses drives de mídia.
Atualização 04/06/2019 às 17:07
Nosso leitor Flaumbert Ruas nos alertou que Micah Singleton, editor da Billboard, postou um novo tweet se corrigindo sobre a iTunes Store rodar na coluna lateral do novo app Música, e não pelo Finder. Faz mesmo muito mais sentido.