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Luna Display

Criadores do Luna Display sobre o Sidecar: “Não vamos a lugar algum”

Quando a Apple anunciou o Sidecar, na keynote de abertura da WWDC19, as atenções de parte do público se voltaram para desenvolvedores que já são responsáveis por soluções parecidas disponíveis na App Store.

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Lembramos de outros casos nos quais a Maçã lançou ferramentas nativas, como o AirDrop ou a renovação do Spotlight, análogas a serviços estabelecidos de terceiros, basicamente eliminando (ou ao menos diminuindo brutalmente) o mercado desses serviços — até citamos essa questão no artigo detalhando o funcionamento do Sidecar.

Ontem, os responsáveis pelo Luna Display, um dos apps diretamente afetados pelo lançamento do Sidecar, se pronunciaram. Os cocriadores da ferramenta, Matt Ronge e Giovanni Donelli, publicaram um post no seu blog oficial com uma mensagem muito clara: eles não estão indo a lugar algum.

Segundo os desenvolvedores, o Sidecar pode satisfazer às necessidades básicas de usuários casuais. Os avançados e profissionais, entretanto, podem encontrar dificuldades na simplicidade e falta de configurações do recurso da Apple. Estes usuários, dizem Ronge e Donelli, continuarão recebendo recursos específicos para os seus padrões de trabalho no Luna Display.

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Eles citam o fato de um iPad equipado com o Luna Display funcionar, por exemplo, como o monitor principal de um Mac mini, ou a possibilidade de criar ambientes de trabalho conectados num escritório para colaboração entre usuários — coisas que o Sidecar não pode fazer, e o Luna Display continuará oferecendo. Os desenvolvedores prometem, inclusive, uma versão da ferramenta para o Windows — sem especificar um prazo para isso, entretanto.


Ícone do app Luna Display
Luna Display de Astro HQ
Compatível com iPads
Versão 5.3.3 (63.6 MB)
Requer o iPadOS 12.1 ou superior
GrátisBadge - Baixar na App Store Código QR Código QR

“Sherlocking”

A prática da Apple de lançar um recurso nativo que compete e ameaça todo um segmento de apps e serviços tem apelido: “Sherlocking”.

Screenshot do Sherlock

A origem do vocábulo vem do início dos anos 2000: a Maçã tinha uma ferramenta de busca chamada Sherlock, enquanto a desenvolvedora Karelia Software mantinha um produto parecido para Macs chamado (muito apropriadamente) de Watson. Um dia, a Karelia lançou uma versão do Watson para a web, coisa que o Sherlock não tinha; no ano seguinte, a Apple apresentou o Sherlock na internet, o que matou o Watson.

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Apesar de acontecimentos do tipo serem comuns, a prática é vista com maus olhos pela comunidade de desenvolvedores porque soa como se a Apple estivesse se aproveitando das soluções de terceiros para fazer uma “pesquisa de mercado” sorrateira, anotando ideias dos estúdios, percebendo o que está fazendo sucesso e, no momento certo, dando o bote para se apropriar dos louros das grandes ideias.

Essa é, inclusive, a tese do próprio Matt Ronge, compartilhada em entrevista ao AppleInsider. Segundo ele, a equipe do Luna Display foi à sede da Maçã em 2017, quando a ferramenta ainda estava em desenvolvimento, para demonstrar uma versão prévia dela à equipe de marketing do iPad. Quando o Luna Display foi lançado, a Apple adquiriu várias unidades dele e afirmou que poderia ajudar a equipe a divulgar o produto — mas nunca respondeu os emails de Ronge e sua turma. Um ano depois… Sidecar!

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A reportagem ouviu ainda outros dois desenvolvedores que foram “Sherlockados” pela Apple na última WWDC: Rahul Dewan, CEO da Duet Display, e James Thompson, responsável pelo PCalc (que tem uma calculadora para Apple Watch ja há alguns anos). Ambos afirmaram que continuarão desenvolvendo seus produtos normalmente, tentando apelar a parcelas do público não contempladas pelos recursos nativos da Maçã — ainda assim, o tom de frustração de todos eles é inegável.

Ossos do ofício ou uma prática questionável da Apple? Deixem suas opiniões logo abaixo.

via MacRumors

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