Com exceções aqui e acolá na história recente do país (causadas principalmente pelas flutuações da cotação do dólar ao longo dos últimos anos), comprar produtos eletrônicos e de informática sempre foi desvantajoso no Brasil — especialmente caso você tenha condição de viajar para fora e trazer o equipamento desejado de outro país. Essa desvantagem, entretanto, poderá ser diminuída em breve.
– Para estimular a competitividade e inovação tecnológica, o governo estuda, via secretaria do Ministério da Economia, a possibilidade de reduzir de 16% para 4% os impostos sobre importação de produtos de tecnologia da informação, como computadores e celulares.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 16, 2019
No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro indicou a possibilidade de, em algum ponto no futuro, reduzir os impostos de importação sobre produtos de tecnologia da informação, como computadores e celulares. Os impostos, segundo ele, seriam reduzidos de 16% para 4% e abarcariam também a categoria de jogos eletrônicos; logicamente, os produtos da Apple também estariam incluídos nesse pacote, embora Bolsonaro não tenha citado-os nominalmente.
Segundo Bolsonaro, a medida está sendo estudada em conjunto com uma secretaria do Ministério da Economia e teria como objetivo estimular a competitividade e a inovação tecnológica; o presidente, entretanto, não deu mais informações sobre esse estudo ou um possível cronograma de implantação da mudança — sabe-se apenas que a redução poderá ser aplicada até o fim do seu mandato, em 2022. Também não ficou claro quais dos impostos que incidem sobre mercadorias importadas teria sua redução estudada.
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, já tinha ventilado a possibilidade de uma medida do tipo na última semana. Segundo ele, a redução dos impostos multiplicaria “por várias vezes” a produtividade interna do país, ressaltando que a tecnologia da informação é insumo importante para os avanços tecnológicos.
Será que a promessa é quente ou apenas vapor? Teremos, claro, de aguardar para ver.
via Folha