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Apple suspende análises de conversas de usuários com a Siri após denúncia

Empresa também oferecerá a opção aos usuários de participar ou não do programa de análise posteriormente
Oscar Gutiérrez/CNET
Siri no iPhone

Na sexta-feira passada (27/7), divulgamos uma denúncia feita pelo The Guardian acerca da análise de conversas de consumidores da Apple com a sua assistente virtual, a Siri. Como informamos, a Maçã não só poderia, como estava de fato ouvindo trechos de conversas de usuários — ainda, segundo a empresa, que sob rígidos critérios de confidencialidade os quais não permitiam identificar usuários nas conversas.

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Apesar de se defender afirmando que essa é uma prática legal e que tudo é analisado de forma anônima, a Apple parece ter sentido a pressão da contraditoriedade entre a sua tão gabada política de privacidade e o que vinha sendo feito com a Siri, tanto que decidiu suspender o programa de análises de conversas mundialmente, como divulgado pela Bloomberg.

Estamos comprometidos em fornecer uma ótima experiência com a Siri, protegendo a privacidade do usuário. Enquanto realizamos uma revisão completa, estamos suspendendo as análises da Siri globalmente. Além disso, como parte de uma futura atualização de software, os usuários poderão optar por participar [das análises] do programa.

De acordo com a notícia, a Maçã tomou essa decisão para “classificar” parte dos comandos de usuário da Siri depois que alguns consumidores expressaram preocupação com outro fato desse problema: em algumas situações, a Siri poderia ser invocada sem que você realmente tenha o feito, o que é chamado de falsos-positivos.

Contudo, a Maçã não comentou se, além de pausar o referido programa, também pararia de armazenar essas gravações em seus servidores. Atualmente, a companhia analisa esse material por cerca de seis meses para remover todo e qualquer tipo de informação de identificação, para então armazenar uma cópia que pode ficar salva por dois anos ou mais, segundo o The Verge.

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A decisão da gigante de Cupertino acontece na mesma semana que um órgão regulador alemão impediu temporariamente funcionários terceirizados do Google de transcreverem gravações de voz do Google Assistente na União Europeia, após denúncias afirmarem que alguns desses áudios continham informações confidenciais.

Além disso, em abril passado, a Bloomberg News também expôs uma situação semelhante envolvendo a Amazon que, segundo o relatório, emprega milhares de pessoas em todo o mundo para analisar conversas capturadas pela sua linha de alto-falante inteligentes Echo, por meio da sua assistente virtual Alexa.

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