A Apple foi alvo, neste ano, de várias acusações de monopólio em diferentes pontas dos seus negócios, como no mercado de streaming de música (Apple Music) e de aplicativos (App Store). Com relação a esse último, a Maçã publicou uma página respondendo as acusações de diferentes órgãos e empresas, mas isso não foi suficiente para que ela deixasse de ser investigada por algumas de suas ações.
A companhia está sob os holofotes do Serviço Federal Antimonopólio da Rússia (FAS) após uma queixa da empresa de segurança Kaspersky Lab, a qual acusou a Maçã de abuso da sua posição como proprietária da App Store a fim de beneficiar seus próprios recursos (alguns oferecidos nativamente pelo iOS) em detrimento de softwares de terceiros.
O órgão russo está investigando por que o app Safe Kids, da Kaspersky, foi removido da App Store e quais foram os motivos de a Apple ter solicitado para a desenvolvedora alterações no funcionamento do software para que ele voltasse a ser distribuído novamente na plataforma da Maçã.
Na época, a Apple informou que removeu o aplicativo pois ele não atendia às diretrizes da App Store, mas a Kaspersky argumentou que o app já estava sendo distribuído há três anos e só foi retirado porque a empresa havia acabado de lançar o iOS 12 com o seu próprio recurso de monitoramento, o Tempo de Uso (Screen Time), que oferece funções similares de controle parental existentes no app Safe Kids.
Quando questionada sobre a investigação na Rússia, a Apple referenciou à Reuters sua posição emitida em abril passado, na qual qual a companhia afirmava que removeu vários aplicativos de controle parental da App Store porque eles “colocavam em risco a privacidade e a segurança dos usuários”.