Tim Cook certa vez afirmou que a maior contribuição da Apple para a humanidade será na área da saúde. Além da criação de gadgets (principalmente o Apple Watch) cada vez mais voltados para o monitoramento de informações de saúde, esses dados também podem contribuir para a análise de outras questões médicas.
Em meio ao leque de estudos possíveis que podem aproveitar os dados de saúde obtidos por esses gadgets, a Apple se juntou à gigante farmacêutica Eli Lilly e à startup de saúde Evidation para determinar se as informações coletadas por iPhones e Apple Watches podem ser usadas para detectar sinais precoces de demência e diferenciá-los até mesmo da Doença de Alzheimer, como divulgado pela CNBC.
Com essa pesquisa, analisamos como os dados de comportamento diário, coletados por iPhones, Apple Watches e monitores de sono Beddit, podem ser eficazes na diferenciação entre indivíduos com comprometimento cognitivo moderado e Doença de Alzheimer precoce daqueles sem sintomas.
O trabalho de pesquisa, intitulado “Developing Measures of Cognitive Impairment in the Real World from Consumer-Grade Multimodal Sensor Streams” (algo como “Desenvolvimento de Medidas de Deficiência Cognitiva no Mundo Real a Partir de Sensores Multimodais de Consumo”, em tradução direta), acompanhou 31 pessoas com comprometimento cognitivo constatado e 82 sem nenhum grau de demência por um período de 12 semanas.
De acordo com os pesquisadores, a análise dos dados obtidos pelos gadgets pôde, com sucesso, diferenciar os indivíduos com sinais de demência daqueles que não possuem nenhum comprometimento cognitivo.
A detecção precoce da demência é importante já que, quanto antes os sintomas forem detectados, mais fácil poderá ser controlá-los para aumentar a qualidade de vida daquela pessoa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm demência, com cerca de 10 milhões de novos casos surgindo a cada ano.
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