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App Store relaxa regras para aplicativos infantis e “Sign in with Apple”

Também há novas diretrizes para o envio de apps do iOS e watchOS
Crianças usando iPad

Enquanto os grandes lançamentos da semana eram apresentados e dissecados ao longo dos últimos dois dias, a Apple implementou, também, algumas mudanças em regras (ou futuras) regras da App Store. Nos próximos parágrafos, falaremos de todas elas — uma por uma, para que não haja confusão.

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Apps infantis

A promessa da Apple de banir a ação de rastreadores de terceiros em aplicativos infantis já sofreu algumas mudanças. Primeiro, a implementação das novas políticas foi adiada por alguns meses, mas sem uma especificação do novo prazo; agora, a Maçã anunciou a data que os desenvolvedores deverão se adequar às novas diretrizes — mas, ao mesmo tempo, também relaxou algumas das regras anunciadas.

Especificamente, desenvolvedores precisarão atualizar seus apps infantis até 3 de março de 2020 para que eles obedeçam às diretrizes 1.3 e 5.1.4. Ambas expressam mais ou menos a mesma regra e determinam que os aplicativos não podem enviar informações pessoais ou do dispositivo a terceiros, como anunciantes, e não podem conter sistemas de análise ou publicidade feitos por empresas terceirizadas.

Entretanto, as diretrizes já foram atualizadas para relaxar essas regras em alguns casos. Agora, a Apple afirma o seguinte:

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Em alguns casos, ferramentas de análise terceirizadas podem ser permitidas, contanto que os serviços não coletem ou transmitam o identificador de publicidade (IDFA) ou informações identificáveis de crianças (como seus nomes, datas de nascimento ou endereços de email), suas localizações ou seus dispositivos. […] Publicidade contextual fornecida por terceiros também pode ser permitida em casos limitados, contanto que os serviços tenham práticas e políticas documentadas publicamente e pensadas para a Categoria Infantil, com revisão humana de profissionais de publicidade para garantir apenas conteúdos apropriados para cada idade.

As mudanças devem satisfazer os protestos de toda uma categoria de desenvolvedores, os quais afirmaram que perderiam suas fontes de venda caso a Apple banisse completamente a publicidade e o rastreio terceirizado dos apps infantis. Vale lembrar que novos aplicativos para crianças devem seguir as diretrizes desde já: apenas apps existentes é que terão até 3 de março próximo para adequar-se a elas.

“Sign in with Apple”

Outra mudança prometida que tinha gerado polêmica entre desenvolvedores foi a do botão “Sign in with Apple”, pensado como uma alternativa (supostamente) mais segura aos botões de login em sites ou apps com sua conta do Google ou do Facebook.

Sign in with Apple

Como anunciado pela Maçã há alguns meses, o “Sign in with Apple” é mandatório para todos os desenvolvedores que incluam botões de autenticação em seus apps. Em outras palavras, se o seu aplicativo tem um botão do tipo “Fazer login com o Facebook/Google”, ele obrigatoriamente terá de ter também a opção do login com a Apple.

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Entretanto, o que nós não sabíamos é que essa obrigatoriedade não se aplica em alguns casos. Como exposto pela Apple no item 4.8 das diretrizes da App Store:

O “Sign in with Apple” não é obrigatório se:

– Seu app usa exclusivamente os sistemas de login e contas da sua empresa;

– Seu app é das categorias de educação, empresas ou negócios e exige que o usuário faça o login com uma conta educativa ou corporativa já existente;

– Seu app usa um sistema de identificação de cidadãos ou empregados feito pelo governo ou pela sua empresa para autenticar usuários;

– Seu app é cliente de um serviço específico e os usuários precisam fazer login por seus emails, redes sociais ou outras contas de terceiros para acessar seus conteúdos diretamente.

Enquanto os três primeiros pontos já tinham sido meio que subentendidos no anúncio do recurso, o último pode ser considerado uma novidade. Na prática, ele significa que apps usados simplesmente para acessar um serviço — como o Gmail ou o Tweetbot, por exemplo — não precisarão contar com o “Sign in with Apple”. Melhor assim, então.

Apps para iOS

Além das mudanças de regras acima, a Apple também começou a pedir que os desenvolvedores da App Store comecem a atualizar suas máquinas para que suas criações interajam amigavelmente com o iOS 13.

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Mais especificamente, a empresa afirmou que, a partir de abril próximo, todos os apps (novos ou atualizações) enviados para aprovação na loja terão de ser construídos com o SDK do iOS 13, e precisarão obrigatoriamente oferecer suporte à tela do iPhone XS Max e do seu sucessor, o iPhone 11 Pro Max.

A Maçã, claro, lembra ainda que o SDK do iOS 13 só traz benefícios para os desenvolvedores: com ele, uma série de novidades pode ser introduzida nos aplicativos, como o Modo Escuro, o ARKit 3, o CoreML 3 e as novas habilidades da Siri — além, claro, do supracitado botão “Sign in with Apple”.

Apps para watchOS

Da mesma forma, a Apple atualizou também as diretrizes para desenvolvedores que constroem apps para o Apple Watch — o que é particularmente importante agora, já que o watchOS 6 trará a estreia de uma App Store própria para o reloginho, o que tornará seus aplicativos efetivamente independentes do iPhone.

App Store no watchOS 6

Com efeito, a partir de abril próximo, todos os aplicativos desenvolvidos para a plataforma deverão ser construídos com o SDK do watchOS 6 e trazer suporte ao Apple Watch Series 4 ou mais novo.

Tudo anotado? Mãos à obra, então!

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