O melhor pedaço da Maçã.

Fala, Hagge! O Bicho da Maçã: o péssimo pós-venda da Apple Store

Maçã com minhoca

Maçã com minhocaComo alguns de vocês já sabem, moro próximo a Zurique, na Suíça. Logo que cheguei aqui, em setembro do ano passado, configurei e comprei o então recém-lançado MacBook Pro na Apple Online Store. O processo todo foi simples e rápido, e como pedi minha máquina customizada e com teclado americano, demorou quase um mês para recebê-la.

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Porém, após algum tempo de uso, percebi que a ventoinha fazia um barulho irritante, baixinho, durante 80% de tempo de uso. Fiquei encucado e comecei a pesquisar pela internet sobre mais pessoas com o mesmo problema. Não foi surpresa encontrar muitas delas — nos fóruns oficiais da Apple US, inclusive. Era fato: os novos MBPs esquentavam demais e tinham problemas nas ventoinhas. Scheiße!

Como não falo alemão e gasto vinte francos (cerca de R$35) todas as vezes que vou a Zurique de trem, convivi com o problema. Enquanto escutava música trabalhando, o barulho não incomodava. Além disso, instalei o Fan Control para deixar as ventoinhas sempre no máximo e não deixar o laptop esquentar demais. Há controvérsias quanto à temperatura ideal de trabalho para computadores, mas é sempre bom não arriscar.

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Semana passada, lembrei que minha garantia iria expirar em outubro, então pensei: “É agora ou nunca!” Foi aí que tive a infeliz ideia de levar o Mac para a mais nova Apple Retail Store de Zurique, inaugurada há pouco tempo. Quanta decepção!

Pra começar, quando entrei na loja e contei que tinha um problema com meu notebook, o atendente quis verificá-lo ali mesmo, no balcão da porta da loja, praticamente na rua. Como bom brasileiro, me senti extremamente exposto e inseguro. O cara ligou meu Mac, fuçou em algumas coisas, fez perguntas básicas e disse que iria verificar se havia algum “Genius” disponível. Me passou para outro atendente, aparentemente mais experiente, que fez o favor de me informar que eu não poderia ser atendido por um gênio, pois eles atendem apenas com hora marcada.

QUÊ?!?!

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Fiquei tiririca da vida! Como assim? Tenho um problema com meu Mac e tenho que marcar hora para ser atendido? E se eu não tiver acesso à Internet? E se a máquina não ligar? A Apple me obriga a voltar à loja outro dia, caso tenha um problema? O atendente não sabia o que fazer. Ele não entendia de Mac. Não tanto quanto os leitores deste site, por exemplo. Na Apple Store, quem não é gênio, é mané. Está lá só para vender, não para atender.

Genius Bar: bonitinha, mas ordinária
Genius Bar: bonitinha, mas ordinária

Por fim, fui indicado a, em caso de emergência, andar dois quarteirões e levar o MacBook Pro à Data Quest, antiga e maior revenda Apple da Suíça antes da chegada das Apple Retail Stores oficiais. Fui atendido na hora. O técnico manjava e me fez sentir muito mais confiante em deixar meu amado computador nas mãos de um estranho. Infelizmente terei que esperar cinco dias úteis para tê-lo de volta — com os devidos reparos, se forem necessários.

Agora eu pergunto: pra que os brasileiros querem tanto uma loja da Apple no Brasil? As antigas revendas e assistências técnicas manjam muito mais do negócio do que os manés que atendem as pessoas na Fnac e, mais recentemente, pelo telefone com o novo atendimento do AppleLine terceirizado para empresas de telemarketing.

Vivam as revendas antigas! Abaixo os manés e o pós-venda fraquíssimo nas Apple Retail Stores.

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