Na última semana, a Apple anunciou — contrariando expectativas anteriores — que continuaria fabricando o novo modelo do Mac Pro na sua fábrica em Austin (Texas, Estados Unidos), em vez de transferir a montagem do computador para a China. Na ocasião, acreditamos que toda a novela relacionada às tarifas do computador estaria encerrada. Bom, aparentemente estávamos enganados.
De acordo com a Bloomberg, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (United States Trade Representative, ou USTR) negou ainda ontem a isenção de impostos a cinco peças do novo Mac Pro. Entre os componentes, temos as rodinhas opcionais do computador, uma placa de circuito, um adaptador de energia, o cabo de força e um sistema de arrefecimento.
Se vocês estão acompanhando a história, o governo americano tinha concedido, anteriormente, isenção de tarifas a 10 peças do novo computador — a concessão, inclusive, foi um dos fatores que motivaram a Apple na decisão de permanecer montando as máquinas nos EUA. Com essa nova reviravolta, apenas 5 delas continuarão isentas dos impostos, que são de 25%.
O USTR justificou a nova decisão afirmando que a Apple não pôde comprovar que a aplicação das tarifas causaria “dano econômico severo” às suas finanças. A Maçã, por sua vez, não se pronunciou sobre a novidade; é improvável que a cobrança cause alguma mudança nos planos da empresa (até porque o anúncio da fabricação do novo Mac Pro nos EUA veio cheio de pompa e autopromoção por parte da companhia). Por outro lado, a decisão pode criar (mais) rachaduras na relação instável de Cupertino com o governo Trump.
Falando nele, o presidente americano pareceu ignorar os desdobramentos recentes da novela e publicou a seguinte mensagem no Twitter:
O tweet de Trump ignora que grande parte desses empregos já existia, afinal, a Apple fabrica o Mac Pro em Austin desde 2013. Em todo caso, será interessante ver os próximos capítulos dessa novela — será que teremos mais reviravoltas à frente? Aguardemos.
via iMore