A pouco mais de uma semana do lançamento do Apple TV+, cá estamos nós com mais novidades pertinentes à plataforma de streaming da Maçã. Vamos dar uma olhada em tudo?
“Fundação”
A aguardada adaptação da Apple para a trilogia “Fundação” (“Foundation”), de Isaac Asimov, finalmente contratou os atores que desempenharão os papéis principais da produção. Jared Harris (“Chernobyl”) fará o matemático Hari Seldon, enquanto Lee Pace (da trilogia “O Hobbit”) interpretará Brother Day, o atual Imperador da Galáxia. As informações são do Hollywood Reporter.
Como já falamos, a série acompanhará Hari Seldon, um matemático capaz de prever o futuro, enquanto ele forma um grupo, chamado de Fundação, que tentará preservar o saber coletivo da humanidade antes que o Império Galático caia. Como a descrição sugere, a obra de Asimov foi uma das inspirações principais de George Lucas na criação de “Star Wars”.
Ainda não há mais informações sobre a série, que ainda deverá demorar um tantinho antes de estrear — afinal, ela ainda precisa passar por todas as fases de produção e pós-produção até que chegue às nossas retinas e ouvidos.
Bob Iger
Enquanto isso, o CEO da Disney, Bob Iger (que saiu recentemente do conselho administrativo da Apple), afirmou não estar preocupado com o fato de que o Apple TV+ será mais barato do que o seu serviço de streaming, o também vindouro Disney+ — nos Estados Unidos, o serviço da Maçã custará US$5 mensais, enquanto a plataforma do Mickey sairá por US$7 ao mês.
À CNBC, Iger creditou a auto-confiança ao fato de que, segundo ele, o Disney+ é “muito diferente” de qualquer outro serviço.
Nós não estamos realmente preocupados com a concorrência em termos de preço porque temos um produto que é realmente único. Somos muito, muito diferentes de todos os outros serviços disponíveis. Então, mesmo que vejamos essas plataformas como concorrentes, não estamos fixados na parte competitiva das coisas.
De fato, Iger tem um ponto: com um catálogo que reúne basicamente tudo já produzido por gigantes como Disney, Pixar, Marvel, Lucasfilm, National Geographic e muita coisa da FOX (como “Os Simpsons”), o Disney+ certamente tem uma clara vantagem — ao menos no sentido de apelar para o emocional de potenciais clientes.
Se essa estratégia dará certo, aí teremos de aguardar para ver.
Reportagem da Bloomberg
Por fim, a Bloomberg publicou uma interessante reportagem com mais detalhes sobre a fundação — não, não a série “Fundação”, mas a gênese do próprio Apple TV+.
A trajetória de planejamento e discussão sobre os planos do serviço vêm de longe. Há anos, a Maçã já tinha a ideia de lançar séries próprias, e tinha inclusive um projeto envolvendo o ator Keanu Reeves; as conversas iniciais, entretanto, não foram para a frente. Já a produção da série “Vital Signs”, sobre o rapper e executivo Dr. Dre, foi cancelada — porque a Apple insistia em aplicar sua própria “estética” e filosofia às produções e evitar conteúdos explícitos de violência, sexo ou consumo de drogas.
As coisas só entraram nos trilhos quando a Maçã contratou Zack Van Amburg e Jamie Erlicht, em 2017. Foram eles que atraíram Jennifer Aniston e Reese Witherspoon com o projeto de “The Morning Show”, a série “flagship” desse momento inicial do Apple TV+; os executivos prometeram produzir duas temporadas da série e ofereceram mais de US$250 milhões de orçamento sem sequer gravar um piloto. As atrizes em si receberam mais de US$1 milhão por episódio, um número quase inédito na indústria televisiva.
Segundo a Bloomberg, a instância inicial da Apple sobre conteúdo adulto foi amenizada. Ainda que as séries originais da Maçã não tenham cenas gráficas de violência e sexo (como produções da HBO, por exemplo), a empresa já está abrindo espaço para temáticas mais sérias ou impróprias — uma das séries do Apple TV+, por exemplo, tem um personagem viciado em heroína.
Agora, faltando pouco para a première do serviço, veremos como essas iniciativas se sairão na vida real.
via Cult of Mac, 9to5Mac, MacRumors