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Review: Apple Watch Series 5, o primeiro com uma tela que fica sempre ativa

IrinaKobrina / Shutterstock.com
Apple Watch Series 5

O novo smartwatch da Apple foi apresentado ao mundo no dia 10 de setembro e chegou ao mercado no dia 20/9. Nós, é claro, rapidamente colocamos as mãos no relógio e, depois de um período de testes, estamos aqui para dar o nosso veredito completo sobre o Apple Watch Series 5.

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Os reviews do MacMagazine sempre partem de uma base comparativa. E essa base, obviamente, é o produto da geração anterior — nesse caso, o Apple Watch Series 4. No ano passado, quando o Series 4 chegou ao mundo, a empresa mudou pela primeira vez o design do relógio. Não foi uma mudança enorme, mas o suficiente para deixá-lo mais harmônico, com cantos mais arredondados, novos tamanhos (40mm e 44mm em vez dos antigos 38mm e 42mm) e uma tela com um aproveitamento muito melhor que o das gerações passadas.

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Felizmente, mesmo com essa mudança, as pulseiras (tanto as criadas pela Apple quanto as por empresas parceiras) continuam compatíveis com todas as gerações — nesse sentido, não há motivo para preocupações.

Estou repetindo essa história por um motivo simples: agora, em 2019, com a chegada do Apple Watch Series 5, o design do relógio continuou exatamente o mesmo. Olhando para um Series 5 e um Series 4, é impossível distinguir qual é qual — a não ser, é claro, no modelo Edition (mais sobre isso abaixo).

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E as semelhanças não ficaram apenas no visual. Como você vai conferir abaixo, muita coisa permaneceu inalterada, o que me faz concluir que o Apple Watch Series 5 foi um salto tímido em relação ao Series 4; pegando o iPhone como parâmetro, diria até mesmo que esse foi um upgrade menor do que vemos quando a Apple lança uma linha “S”.

Design

Basicamente, como eu falei, nada mudou aqui. Temos uma caixa com o mesmo tamanho, a mesma tela, a mesma espessura (10,7mm), alto-falantes e microfone posicionados nos mesmos locais com as mesmas capacidades, parte de trás feita de cerâmica com os mesmíssimos sensores… enfim, deu para entender.

Novos materiais

O que temos de novo são dois materiais, os quais chegaram pra compor a linha Edition: titânio e cerâmica.

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Enquanto o primeiro é algo realmente novo, nunca utilizado antes pela Apple na criação de um relógio, o segundo já deu as caras na época do Series 3 2 e depois deixou de existir no 4.

O titânio é um material que, dependendo do tratamento, pode ser visualmente muito parecido com o aço inoxidável. Mas a Apple optou por deixá-lo com um aspecto mais “escovado” no relógio, enquanto que o modelo de aço é bastante brilhoso. Isso diferenciou bastante o visual deles no modelo com caixa prateada — já no mais escuro, é inegável que eles ficaram bem semelhantes.

O titânio é mais leve que o aço inoxidável, mas tem o dobro da resistência em proporção ao peso — e, ainda que a caixa do relógio tenha muitos outros componentes que são compartilhados entre todos os modelos, essa diferença se traduz no peso total, sim:

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ModeloAlumínioAço inoxidávelTitânioCerâmica
Apple Watch Series 4 de 40mm30,1g39,8g
Apple Watch Series 4 de 44mm36,7g47,9g
Apple Watch Series 5 de 40mm30,8g40,6g35,1g39,7g
Apple Watch Series 5 de 44mm36,5g47,8g41,7g46,7g

Reparem também que o modelo de alumínio ficou ligeiramente mais pesado, enquanto o de aço inoxidável se manteve no mesmo patamar que no Series 4.

Tela Retina Sempre Ativa

Aqui, sim, temos uma mudança bastante significativa — e que é, de longe, o principal argumento de venda para o relógio. Falo da Tela Retina Sempre Ativa.

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Com ela, você não precisa mais levantar o punho e nem tocar na tela para ver as horas ou outras informações no mostrador. Basta uma olhadinha e você encontrará sempre lá o horário ou as métricas dos seus exercícios. Ou seja, agora o Apple Watch tem um comportamento como qualquer outro relógio analógico/digital, sendo possível visualizar as horas e informações a todo momento.

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Mas para viabilizar isso, a Apple teve que fazer uma engenharia e tanto — afinal, simplesmente colocar uma tela que fica sempre ativa faria a bateria do relógio “derreter”. Qual foi a solução?

A luminosidade da tela diminui quando você abaixa o braço; por outro lado, as informações mais importantes ficam sempre visíveis, como os ponteiros de hora e minutos (no caso de um mostrador analógico). Toque ou levante a mão, e o mostrador volta a se iluminar por completo.

Outro “truque” utilizado pela Apple para economizar bateria: enquanto a tela está em repouso, a taxa de atualização passa de 60Hz para apenas 1Hz — na prática, não muda absolutamente nada na experiência do usuário.

Ao receber uma notificação, ela não aparece na tela quando o seu punho está repousando — você é avisado por um alerta sonoro (caso o som esteja ativado) e/ou por uma vibração. Você precisa necessariamente encostar na tela ou levantar o punho para que a notificação apareça (um comportamento com que já estamos acostumados, já que era assim que funcionava até o Series 4).

Particularmente, o comportamento da tela dos Apple Watches “antigos” não me incomodava. Mas é inegável que a possibilidade de você simplesmente dar uma “espiada” no relógio e conseguir visualizar as informações necessárias sem precisar levantar o punho é muito útil — principalmente em certas situações, como ao praticar exercícios, dirigindo, segurando em algo no ônibus/metrô, etc.

De resto, o display continua igual em suas especificações, com uma tela OLED1Organic light-emitting diode, ou diodo emissor de luz orgânico. (agora LTPO2Low-temperature polycrystalline oxid, ou óxido policristalino de baixa temperatura. para ficar sempre ativa), com Force Touch (suporte a pressão) e até 1.000 nits de brilho.

Vidro de Íon X vs. cristal safira

Vale lembrar que, no caso do Apple Watch de alumínio, a Maçã continua utilizando vidro de Íon X; nos modelos de aço inoxidável, titânio e cerâmica, temos cristal safira, material que é muito mais resistente a riscos e até mesmo a quebra.

O problema é que o Watch fica, obviamente, no nosso punho — um lugar muito fácil de esbarrar/bater em basicamente qualquer lugar. Por isso, continua aqui a minha crítica: a Apple precisa abandonar esse vidro em prol do cristal safira também no modelo de alumínio, já que arranhá-lo ou até mesmo quebrá-lo é uma tarefa relativamente fácil.

Chip S5 e bússola

O Apple Watch Series 5 vem com o S5, um System in Package (SiP) completo. É nesse chip que ficam todos os componentes do relógio, incluindo uma das poucas novidades do Series 5: uma bússola.

Bússola no Apple Watch Series 5

O novo relógio vem com uma bússola integrada para que você possa se orientar pelo mostrador do relógio. Se alguém pretende mesmo usar uma bússola no mostrador… bem, aí é outra história. O iPhone tem bússola desde o modelo original 3GS, e eu conto nos dedos de uma mão as vezes que abri esse aplicativo no smartphone.

Mas se você é um escoteiro uma pessoa que gostou da ideia e pretende usar a bússola,, saiba que, além de apontar para o seu rumo, o aplicativo informa a inclinação, a elevação, a latitude e a longitude.

Bússola do Apple Watch Series 5 agora mostra a direção no app Mapas do watchOS 6

E para você que, assim como eu, não pretende usar, é bom saber que a bússola desempenha um papel importante no relógio pois ajuda o app Mapas a mostrar a sua direção.

O S5, porém, não traz nenhuma grande mudança de performance se comparado ao S4. Tudo continua igual nesse sentido — o que não é uma notícia ruim, já que o desempenho do Series 4 é ótimo. Dificilmente você terá algum problema de performance. E funciona muito bem para tudo que se propõe fazer e você não vai sofrer por lentidões ou coisas do tipo, isso é praticamente certo.

E a bateria? E A BATERIA?!

Aqui, temos a primeira polêmica. Qualquer leigo sabe que uma mudança significativa como essa (de uma tela que antes ficava boa parte do dia apagada para um que fica sempre ativa) traz algum impacto para a bateria.

A Apple, todavia, insiste em dizer que tanto o Series 4 quanto o 5 contam com 18 horas de bateria — o que, na prática, é um dia inteiro de uso já que pessoas normais dormem, no mínimo, 6 horas por noite. O problema é que a promessa não se mostra, ao menos por enquanto, verdadeira.

Digo “ao menos por enquanto” por um motivo importante: a empresa já está testando o watchOS 6.1, versão esta que, segundo alguns relatos de desenvolvedores/beta testers, melhora bastante o consumo de bateria do relógio, deixando-o em pé de igualdade com o Series 4 (ou mais próximo disso).

Hoje, porém, no momento em que escrevo esse artigo, a bateria tem um desempenho muito inferior ao do Series 4. É complicado cravar números aqui pois a forma como cada um utiliza o relógio é bastante diferente. Mas eu gosto de exemplificar esse maior consumo da seguinte forma: sem praticar exercícios, o Apple Watch Series 5 rodando o watchOS 6.0.1 tem o mesmo consumo de bateria do Series 4 monitorando alguma atividade por 1h30 ou 2h. No fim do dia, mesmo com esses cenários de uso bastante distintos, você terá a mesma porcentagem de bateria nos dois relógios.

  • Fim do dia sem praticar exercícios com o Apple Watch Series 5: 35-45% de bateria
  • Fim do dia praticando exercícios (1h30) com o Apple Watch Series 5: 25-35% de bateria

E, como no ano passado, a vida útil da bateria do Apple Watch é algo que interfere diretamente no que o relógio é capaz de fazer. Acompanhamos, por exemplo, rumores de que o monitoramento de sono chegaria este ano — até mesmo um “vazamento” confirmou que o plano existe dentro da Apple —, mas provavelmente por conta do desempenho da bateria, a empresa optou por adiar isso.

É claro que você pode fazer alguns ajustes no Apple Watch Series 5, como desativar o recurso de tela sempre ativa. Mas, se optar por isso, o upgrade para a nova geração simplesmente não precisava ser feito já que você desativará a principal novidade do relógio.

Nesse sentido, faltou a Apple fazer como fez nos novos iPhones — ela colocou baterias maiores em todos os novos smartphones, oferecendo até 5 horas a mais de bateria no 11 Pro Max. O jeito então é torcer para que o watchOS 6.1 realmente traga melhorias nesse sentido para donos de Apple Watch Series 5.

Sensores, Digital Crown e mais

O cenário aqui está muito parecido com o do Series 4: temos GPS/GNSS, altímetro barométrico, sensor cardíaco elétrico (famoso ECG, o qual ainda não está disponível no Brasil), sensor cardíaco óptico de segunda geração, acelerômetro, giroscópio, sensor de luz ambiente, Bluetooth 5.0, chip W3 para conexões sem fio, Digital Crown (com resposta gerada pelo Taptic Engine, simulando o som e a sensação de uma coroa de um relógio analógico), alto-falantes, microfone… tudo isso continua igual.

Apple Pay no Apple Watch Series 5

Assim como os relógios de gerações passadas, também é possível efetuar pagamentos com o seu cartão de crédito pelo Apple Pay — e, com eu sempre gosto de reforçar, o Apple Pay parece que foi feito para o relógio por conta da praticidade/facilidade de apertar o botão lateral duas vezes e aproximar o Watch do terminal de pagamento.

A parte chata é que, até hoje, o histórico de pagamentos realizados pelo relógio não aparece no app Wallet do iPhone, o que dificulta o controle dos gastos..

Em vez de 16GB, 32GB!

No Apple Watch Series 3, os relógios com conectividade celular tinham 16GB de espaço para armazenamento e os GPS, 8GB; no Series 4, a Apple colocou 16GB em todos os modelos; agora, no Series 5, temos 32GB em todos.

Isso é bom/importante por diversos motivos, principalmente quem tem um modelo GPS e gosta de praticar exercícios, como eu. Veja só esse cenário: eu gosto muito de correr sem o iPhone, apenas com o Apple Watch e os AirPods. Se eu tivesse um Apple Watch (GPS + Cellular), não precisaria me preocupar com isso pois teria acesso ao catálogo do Apple Music numa boa. Mas não é o meu caso.

Agora, com 32GB de espaço, eu posso colocar o dobro de músicas no relógio e ficar semanas/meses sem ter que renovar as músicas e as playlists sincronizadas — algo que em breve deverá sem possível também para usuários do Spotify.

Podcasts no Apple Watch Series 5

Mesmo se você não corre/malha e não faz questão de colocar tantas músicas assim no relógio, esse espaço também serve para você armazenar podcasts e fotos, que podem ser usadas no mostrador. É aquela máxima de sempre: quanto mais espaço, melhor!

Conectividade

A mudança mais importante envolve os Apple Watches vendidos nos Estados Unidos. Me refiro ao suporte a LTE e UMTS (nos modelos GPS + Cellular, é claro) — além do suporte a redes Wi-Fi 802.11b/g/n de 2,4GHz.

Como informamos, pela primeira vez os modelos americanos (A2094/40mm e A2095/44mm) são compatíveis com o 4G brasileiro — ainda que os modelos homologados no Brasil sejam os mesmos comercializados pela Apple na Europa/Ásia (A2156/40mm e A2157/44mm).

Apple Watch Series 5 GPS + Cellular

Mas a verdade é que para nós, brasileiros, tanto faz adquirir um modelo americano ou europeu, afinal os dois contam com suporte às bandas 3 (1.800MHz) e 7 (2.600MHz)— e nenhum deles conta com suporte à banda 28 (700MHz APT).

Isso quer dizer que, se você comprar um Apple Watch americano, poderá ativá-lo na rede da Claro ou da Vivo (as duas operadoras brasileiras parceiras da Apple na disponibilidade de conexão para o relógio por aqui) sem problemas e aproveitar a conectividade 4G — embora isso deva ter um impacto ainda maior na bateria do relógio.

A única questão mais sensível é que, como a Apple não homologou tais modelos no Basil, dificilmente a empresa oferecerá suporte para esses modelos caso você tenha algum problema envolvendo garantia.

Ainda assim, esse diferencial é legal pois muita gente aproveita uma viagem aos EUA para comprar o relógio. E, levando em consideração que a Apple ainda teima em oferecer apenas modelos GPS + Cellular nos relógios de aço inoxidável, titânio e cerâmica, pelo menos os integrados poderão aproveitar a conectividade no Brasil.

Os diferenciais do modelo com conectividade envolvem coisas como:

  • Usar a Siri;
  • Enviar e receber mensagens pelo app Mensagens;
  • Fazer e receber ligações pelo app Telefone;
  • Verificar o tempo atual pelo app Tempo;
  • Acompanhar as ações na bolsa de valores pelo app Bolsa;
  • Controlar seus dispositivos conectados ao protocolo HomeKit pelo app Casa;
  • Usar todos os apps compatíveis com Wi-Fi, como por exemplo o Buscar;
  • Escutar músicas no Apple Music, o MacMagazine no Ar (e outros) pelo app Podcasts.

Tudo, é claro, sem o seu iPhone por perto!

Novidades do watchOS 6

O watchOS 6 ganhou algumas novidades interessantes. E a parte boa de termos novidades de software é que elas não necessariamente ficam restritas ao modelo atual.

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Como sempre, a Apple aproveita a chegada de um novo sistema para incluir novos mostradores. No watchOS são os: Numerais Mono e Duo, Degradê, Califórnia, Mostrador Solar e Modular Compacto. Todos eles estão disponíveis nos Apple Watches Series 4 e 5; nos Series 1, 2 e 3, apenas os Numerais Mono e Duo aterrissaram por conta do tamanho da tela.

Acompanhamento de Ciclo

Acompanhamento de Ciclo do watchOS 6

Temos duas novidades relacionadas a saúde no watchOS 6. A primeira delas é o app Acompanhamento de Ciclo, que exibe informações sobre o período menstrual e oferece uma visão mais ampla da saúde para mulheres.

Ruído

A segunda novidade é o app Ruído, que funciona de três formas: você pode simplesmente abrir o app para que ele faça a leitura do barulho à sua volta e lhe mostre os níveis de decibéis; pode colocar uma complicação do app no seu mostrador, para que ele fique monitorando o ambiente constantemente (oferecendo essa informação de forma visual para você na tela do relógio); e lhe enviando notificações dos níveis sonoros no ambiente que podem afetar sua audição.

Configurações do app Ruído do watchOS 6

Para que esse monitoramento constante funcione, você precisa abrir o app Watch no iPhone e, na aba “Meu Relógio, tocar no app Ruído, ativar a opção “Medições de Som Ambiental” e escolher o limite de ruído (decibéis) de acordo com o seu gosto.

Segundo a Apple, a exposição prolongada a ruídos abaixo de 80 decibéis não deve afetar sua audição; já a exposição a ruídos acima disso pode provocar danos permanentes:

  • 80 decibéis: aproximadamente 5 horas e 30 minutos de exposição por dia neste nível pode causar perda temporária de audição. Nesse nível, o limite semanal é de 40 horas. 
  • 85 decibéis: aproximadamente 1 hora e 45 minutos de exposição por dia neste nível pode causar perda temporária de audição. Nesse nível, o limite semanal é de 12 horas e 30 minutos.
  • 90 decibéis: aproximadamente 30 minutos de exposição por dia neste nível pode causar perda temporária de audição. Nesse nível, o limite semanal é de 4 horas.
  • 95 decibéis: apenas 10 minutos de exposição por dia neste nível podem causar perda temporária de audição. Nesse nível, o limite semanal é de 1 hora e 15 minutos.
  • 100 decibéis: até mesmo alguns minutos de exposição por dia neste nível podem causar perda temporária de audição. Nesse nível, o limite semanal é de 20 minutos.

Vale notar que essa medição feita pelo relógio é extremamente precisa, como já mostramos aqui no site.

Um ponto importante citar é em relação à bateria. Já lemos relatos de que, por conta dessa medição constante feita pelo app Ruído, ele causa algum impacto na bateria. Algumas pessoas optaram por deixar essa medição constante desligada e tiveram ganhos na duração da bateria ao longo do dia. Então, caso você tenha problemas com bateria, desligar o recurso pode ser uma boa.

Apps Calculadora e Gravador

Por que demorou tanto para a Apple colocar tais apps no relógio, eu não sei, mas agora você pode usar uma calculadora direto do punho para fazer contas rápidas. E o legal é que, ao pressionar a tela com mais força com o app aberto, você tem como escolher entre as opções “Função de Gorjeta” e “Porcentagem”.

Função de Gorjeta no app Calculadora do watchOS 6

Com a opção “Porcentagem” selecionada, temos acesso à calculadora tradicional que conhecemos; na “Função de Gorjeta”, você digita um valor e, ao tocar no botão, pode escolher a porcentagem cobrada no local e o número de pessoas que dividirão a conta. 😉

App Gravador do watchOS 6

O app Gravador não tem mistério: muito simples de usar, a chegada dele também é uma mão na roda para quem costuma recorrer a esse tipo de recurso.

Tendências

Tendências do watchOS 6

Esse novo recurso mostra o aumento ou a diminuição das suas métricas com o passar do tempo, incluindo minutos de exercícios, velocidade ao correr e condicionamento cardiovascular. Assim, você sabe se mantém o ritmo ou se precisa melhorar algo. Basta abrir o app Atividade no seu iPhone e visualizar as informações.

SOS de Emergência

Outra novidade é que, com o watchOS 6 e o Apple Watch Series 5, o relógio pode ligar para serviços de emergência em praticamente qualquer lugar do mundo (e o Brasil está dentro).

Quando você faz uma ligação usando o recurso SOS de Emergência, o Apple Watch liga automaticamente para os serviços de emergência locais e compartilha sua localização com eles.

Serviços de Emergência

Após o término de uma ligação de emergência, o Apple Watch alerta seus contatos de emergência com uma mensagem de texto, a menos que você decida cancelar. O Apple Watch envia a sua localização atual e, por um período depois que entra no modo SOS de Emergência, envia atualizações quando a localização é alterada.

Se interessou pelo assunto? Então não deixe de visitar esse artigo de suporte da Apple que ensina como usar o recurso, como cadastrar os seus contatos de emergência e mais!

O que ficou de fora/poderia melhorar?

É difícil falar sobre o que ficou de fora pois, na verdade, essa é uma informação que apenas a Apple sabe. Mas com base em rumores, nós temos totais condições de quase cravar que o recurso de monitoramento de sono nativo — existem diversos aplicativos de terceiros disponíveis na App Store que fazem isso — é algo que estava nos planos mas que foi limado.

Além dele, todos os anos rumores sobre um possível medidor de glicose não-intrusivo pintam por aí. Essa tecnologia, porém, aparentemente ainda está um pouco distante — por mais que muitas pessoas que sofrem de diabetes sonhem com algo assim.

Muita gente também gostaria de ver novas pulseiras com funções extras (pense em uma com bateria extra, por exemplo) — rumores assim já surgiam, mas eles perderam bastante força ultimamente.

A verdade é que o Apple Watch é um ótimo relógio e, da primeira geração até agora, evolui bastante — cobrindo lacunas interessantes que eram inimagináveis no primeiro modelo, como conectividade celular, tela sempre ativa, ECG, entre outras coisas.

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Antes do lançamento do Series 5, eu particularmente acreditava apenas na chegada do monitoramento de sono. E, como tal recurso exige uma bateria melhor, imaginei que o relógio finalmente viria com autonomia para 2-3 dias — o que seria bem bacana.

Continuo achando também que a Apple está perdendo uma ótima oportunidade de integrar ainda mais o relógio a outros produtos, como Macs. Eu sempre bato na tecla que, enquanto estamos usando um computador ou até mesmo um tablet da Maçã, as notificações do relógio poderiam ser mostradas na tela do dispositivo em questão, evitando desviar a nossa atenção para o punho.

Apesar disso, bato palmas pra empresa por ampliar o papel do relógio na função de desbloqueio de Macs — se antes o Apple Watch era capaz de liberar o acesso ao computador após ele voltar do sleep, agora também é possível substituir a digitação da senha em alguns casos (como visualizar uma nota bloqueada ou autorizar a instalação de um app) simplesmente apertando duas vezes o botão lateral do Watch em vez de ter que digitar uma senha. É esse tipo de integração que eu gosto e gostaria de ver cada vez mais!

Preços

Os preços aqui no Brasil, como já falamos, vão de R$3.999 (Apple Watch Series 5 GPS de 40mm com caixa de alumínio) a R$12.499 (Apple Watch Edition GPS + Cellular de 44mm com caixa de cerâmica). Nos Estados Unidos, os valores variam de US$399 a US$1.499.

Comparativamente, os preços estão um pouco mais baixos/no mesmo patamar que os praticados pela Apple no lançamento do Apple Watch Series 4 aqui no Brasil.

Com a chegada do Series 5, a Apple optou por descontinuar o Series 4 — o que faz muito sentido, já que eles são muito similares — e deixar à venda o Series 3, que no Brasil está disponível a partir de R$1.999.

De forma bem resumida, os principais diferenças entre o Series 5 e o 3 são: tela maior, mais arredondada e sempre ativa, o sensor cardíaco óptico de segunda geração e o ECG (ainda indisponível no Brasil), a bússola, o recurso de deteção de queda, a Digital Crown com resposta tátil, os acabamentos (aço inoxidável, titânico e cerâmica), o espaço para armazenamento, a parte de trás feita de cerâmica em vez de material composto, o chip mais rápido que oferece até 2x mais performance e o Bluetooth 5.0.

Vale a pena comprar?

Diferentemente do nosso review do iPhone 11 Pro [Max], no qual cometamos que, pela primeira vez em muito tempo, usuários da geração anterior podem ter seus belos motivos para fazer o upgrade, eu não consigo recomendar o Apple Watch Series 5 para ninguém que tem o Series 4.

Apple Watch Series 5

A não ser, é claro, por dois motivos: se você estava aguardando ansiosamente por uma tela sempre ativa ou se você é fã de carteirinha do material titânio e/ou cerâmica. Se você não se enquadra nesse cenário, não há motivo nenhum para você se desfazer do Series 4. Estamos falando do mesmíssimo relógio com uma bússola e mais 16GB de espaço, apenas.

Agora, se você está no Series 3 ou 2, aí eu posso recomendar o Series 5. Ou, quem sabe, caso a tela sempre ativa não seja um diferencial importante para você, aproveitar alguma promoção e adquirir um Series 4 por preços interessantes — quem sabe até um usado mesmo, já que as novidades do Series 4 foram bem relevantes em relação ao 3.

No mais, vamos torcer para que o watchOS 6.1 realmente corrija o problema da bateria do aparelho — afinal, isso é tão crítico que houve casos de consumidores decepcionados devolvendo seus relógios para a Apple.


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imagem do topo: IrinaKobrina / Shutterstock.com

Notas de rodapé

  • 1
    Organic light-emitting diode, ou diodo emissor de luz orgânico.
  • 2
    Low-temperature polycrystalline oxid, ou óxido policristalino de baixa temperatura.

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