O melhor pedaço da Maçã.

Corellium responde Apple e pede US$300 mil em caso de “cópia do iOS”

A coisa vai mais fundo do que imaginávamos
Mockup de cores do "iPhone 11"

Quem se liga nas emocionantes novelas envolvendo as disputas judiciais da Apple certamente se lembrará do caso, comentado por nós em agosto passado, em que a Maçã moveu um processo contra a empresa de virtualização Corellium por conta de uma suposta cópia do iOS, disponibilizada pela companhia a seus clientes em ambientes virtuais para testes e experimentos.

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Pois hoje a Corellium respondeu: de acordo com a Motherboard, a empresa moveu um contra-processo direcionado à Apple, afirmando que a gigante de Cupertino deve US$300.000 a ela e que seu software de virtualização do iOS não viola qualquer tipo de regra de uso — na verdade, ele “presta um serviço à Maçã”, já que permite que desenvolvedores e hackers testem o sistema num ambiente seguro, potencializando a descoberta de bugs e brechas.

Especificamente, a Corellium rechaça a acusação da Apple de que o seu produto é ilegal, viola propriedades intelectuais e ajuda pesquisadores a criar ferramentas de invasão para dispositivos iOS. A empresa lembra que, alguns dias antes do primeiro processo ser movido, a Maçã ampliou seu programa de caça a bugs, passando a distribuir iPhones desbloqueados a pesquisadores credenciados; segundo a Corellium, juntando o lançamento do programa com a ação movida contra a empresa, a Apple quer “controlar as permissões para encontrar vulnerabilidades no iOS”. Ou, mais precisamente:

Considerando seu programa de pesquisa de dispositivos, disponível somente sob convite, e esse processo, a Apple está tentando controlar quem pode identificar vulnerabilidades, quando e como ela vai lidar com vulnerabilidades encontradas e se ela sequer divulgará para o público as vulnerabilidades encontradas.

Quanto aos US$300 mil, a Corellium afirma que a Apple sempre teve uma relação próxima com um dos seus fundadores, Chris Wade. A gigante de Cupertino teria, inclusive, convidado Wade para se juntar ao seu programa de pesquisa de bugs e oferecido um emprego a ele em 2017 (ambas as ofertas foram negadas); de lá para cá, o desenvolvedor teria achado e relatado à Apple sete bugs os quais, teoricamente, valeriam US$300 mil — que nunca foram pagos, por uma razão indefinida (a Corellium explica o motivo no processo, mas o trecho foi censurado por segredo de justiça).

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De acordo com fontes ouvidas pela Motherboard, a Apple tinha planos, inclusive, de comprar a Corellium em um determinado momento; em outra reportagem, a Forbes afirmou que a Maçã tentou adquirir outra empresa de Wade, a qual oferecia um produto parecido. Nenhum dos planos foi à frente, e a Apple não comentou o caso, replicando somente o texto usado na época do processo original.

Claramente, esse caso vai muito além do que julgávamos inicialmente — e teremos que aguardar os próximos capítulos para sabermos exatamente o que há por debaixo desse angu.

via iDownloadBlog

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