O melhor pedaço da Maçã.
Fones da Baseus

Review: fones de ouvido Bowie MA10 e H1 Pro, da Baseus

Nas últimas semanas, tive a oportunidade de testar dois fones de ouvido da Baseus: os Bowie MA10 e os Bowie H1 Pro, dois modelos distintos, mas com algumas semelhanças e diferenças no escopo do atual portfólio de dispositivos de áudio da empresa.

Publicidade

Após usá-los no dia a dia por pouco mais de dois meses, relatarei nos parágrafos seguintes minha experiência com ambos, destacando os pontos positivos e negativos, as limitações e características que julguei relevantes durante o uso.

Um pouco sobre os dois modelos

Antes de adentrarmos na análise em si, falemos bem resumidamente sobre os dois modelos — resumidamente mesmo, já que adentrarei melhor nesse ponto no desenvolvimento da análise.

Os Bowie MA10 são fones de ouvido esportivos intra-auriculares que contam com recursos como cancelamento de ruído de 48dB, suporte a Bluetooth 5.3, certificação à prova d’água (IPX6) e, segundo a empresa, tempo de reprodução de 140 horas — contando tanto os próprios fones quanto o seu estojo de carregamento.

Os Bowie H1 Pro, por sua vez, são o que popularmente chamamos de headphones over-ear, fones de ouvido que são apoiados à cabeça e possuem conchas que cobrem as orelhas por completo na visão lateral.

Também com suporte a Bluetooth 5.3, som com qualidade Hi-Fi e drivers de 40 milímetros, eles são dobráveis e fornecem reprodução de até 80 horas — o que é um tempo considerável, já que não contam com um estojo de carregamento.

Unboxing e conteúdo da caixa

A experiência de unboxing dos dois fones foi bem agradável — especialmente a dos MA10, cuja caixa conta com uma maior elegância e uma espécie de fechamento magnético em sua “tampa” que faz toda a diferença. A dos H1 Pro, por sua vez, é um envoltório que precisa ser retirado por completo para ter acesso à sua parte interior (com os fones).

Publicidade

A caixa dos MA10 conta com dois compartimentos: um para o estojo com os fones em seu interior e outra para o cabo de carregamento USB-C para USB-A, dois pares extras dos protetores auriculares de silicone de diferentes tamanhos e também dois pares extras de uma borrachinha usada para que os fones se adequem a diferentes tipos de orelha — o que eu, particularmente, achei uma sacada genial.

Um envelope com o manual e informações de garantia fica logo acima desses acessórios — o que dá uma experiência relativamente semelhante à que temos quando estamos abrindo a caixa de um produto da Apple.

Publicidade

Quando pulamos para os H1 Pro, a coisa é bem semelhante. Isso, claro, contando com o fato de que trata-se de um produto bem maior que o anterior. A caixa do produto conta com um compartimento no formato dos fones para abrigá-los e, mais ao centro, um outro compartimento para abrigar os manuais e o cabo de carregamento USB-C para USB-A.

Falando em cabo para carregamento, no caso dos dois modelos, ele é bem pequeno — honestamente, mais que o esperado por mim. Dependendo da disposição das tomadas da sua casa, pode ser necessário correr o risco de recarregar os produtos pendurados — e é por isso que em 100% das vezes em que recarreguei os dois fones usei o mesmo cabo que uso para recarregar o MacBook Air.

Design

Quando falamos no aspecto mais visual, pelo menos para o meu gosto, os dois fones são bastante bonitos.

Ambos chegaram na cor preta — que é a única disponível para os MA10. Os H1 Pro, por sua vez, também são comercializados na cor branca — a qual, pelo menos pelas imagens, também é bastante bonita.

Bowie MA10

Começando pelo MA10, sua case de carregamento é bem bonita, contando com um acabamento fosco que acaba conferindo um charme extra ao produto. Ela tem o logo da Baseus abaixo de alguns LEDs na parte frontal, a entrada para carregamento USB-C e um botão para emparelhamento na parte traseira.

Passando para os fones em si, eles são construídos em plástico preto brilhante com alguns detalhes foscos — como a borrachinha removível que fica no corpo do produto, sobre a qual falamos acima — e suas pontas também na cor preta. Há, ainda, uma parte plana sensível ao toque que acende quando os fones estão em uso.

No geral, os fones são interessantes e singulares visualmente. O encaixe deles na case de carregamento também é bastante simples, mas pode haver certa dificuldade caso você não saiba direitinho qual lado está segurando na hora de guardá-los.

A interface de toque (onde ficam os LEDs), além de ser muito útil, também é muito bonita e fácil de usar, não causando muitos toques acidentais quando nos acostumamos com o uso e sabemos bem onde ela fica.

Bowie H1 Pro

Pulando pros headphones, eles têm um design bem comum para fones de ouvido do gênero. Apesar de seu corpo construído majoritariamente em plástico (ele até tenta imitar um metal nas conchas, mas não…), os fones não passam uma impressão de baixa qualidade e — pelo menos durante meu uso até aqui — parecem ser resistentes.

Com suas conchas dobráveis e retráteis, os Bowie H1 Pro contam com três botões. De um lado, um botão unificado para o volume e outro para desligar o acessório. Do outro, um botão ANC — o qual, inclusive, serve não apenas para regular o modo de cancelamento ativo de ruído, como também para realizar o emparelhamento do dispositivo. Particularmente acredito que deveria haver uma indicação visual quanto a isso, visto que tive de recorrer ao manual para saber onde deveria apertar para deixar emparelhar o acessório.

Os três botões são, de certa forma, multifuncionais. O botão de desligamento, por exemplo, pode reproduzir, pausar, atender ou desligar chamadas com um toque único ou ativar a Siri com três toques. O botão ANC pode alternar tanto entre os modos de efeito ambiente (com um toque) quanto os efeitos de áudio espacial (com dois).

Sobre o botão de liga/desliga, foi um pouco difícil me acostumar a desligá-lo todas as vezes após o uso (costume dos AirPods, que param a reprodução assim que são tirados do ouvido) — especialmente porque o indicador presente na concha não fica aceso enquanto os fones estão ligados, o que dificulta saber o estado do acessório caso você não esteja com o contexto em mente.

Uso e conforto

Durante as semanas em que testei os dois fones, tentei ao máximo usá-los descompromissadamente, tanto é que meio que estabeleci (sem querer) uma rotina de uso e pude, assim, perceber em quais momentos eu utilizava um ou outro.

Basicamente, usei mais os Bowie MA10 junto ao iPhone e especialmente fora de casa, enquanto os Bowie H1 Pro foram mais utilizados em casa com o Mac — embora, algumas poucas vezes, tenha os usado em combinações diferentes.

Os fones intra-auriculares são perfeitos para uso ao ar livre e em ambientes externos, visto que são pequenos, portáteis e não costumam cair da minha orelha — como acontecia com os AirPods de segunda geração, por exemplo.

Ir à academia ou até mesmo caminhar/correr moderadamente com eles não foi um problema para mim, e acredito que um dos três tamanhos de borrachinhas que acompanham o produto será ideal para a maioria das pessoas.

Mas a minha preferência pelos MA10 junto ao iPhone para praticar exercícios não significa que os H1 Pro sejam ruins para isso, visto que eles também fixam bem na cabeça e o ajuste da sua alça permite encontrar uma posição confortável para esse uso. Quando não estão em uso, suas conchas podem ser dobradas e giradas, deixando-os menores.

Apenas preferi os MA10 por serem mais leves e portáteis. Eles podem ser guardados facilmente de maneira discreta após o uso e eu, sinceramente, não sou muito fã de sair com fones maiores. Porém, se tivesse apenas os H1 Pro sob minha posse, certamente eles também me atenderiam para esse propósito.

O mesmo pode-se dizer dos MA10 para uso doméstico. Inclusive, cheguei a usá-los algumas vezes em casa após uma utilização mais prolongada dos H1 Pro, que acabam cansando um pouco a cabeça e, como sou uma pessoa que transpira muito, fico um pouco suado com algumas horas de uso.

Em termos de duração da bateria — como estamos falando de dois fones Bluetooth, esse é um ponto importante a se levar em consideração —, ambos os fones parecem ter sido feitos para nunca nos deixar na mão nesse sentido, já adianto.

Embora eu nunca tenha os testado ao limite, no meu uso convencional ainda não precisei recarregar a case dos MA10 nenhuma vez (além da recarga inicial), com uma média de uso diária de 1 hora por dia.

Os H1 Pro, como fiz um uso mais intensivo e muitas vezes com mais de uma hora diária, já precisei recarregar, mas posso garantir que ele aparenta cumprir bem a promessa de fornecer até 80 horas de reprodução — o que é bem interessante, visto que eles não contam com uma case onde ficam carregando diariamente após o uso.

Qualidade de áudio, cancelamento de ruído e personalização

Vamos para uma das partes mais aguardadas quando falamos em um review de qualquer produto de áudio, que é a qualidade sonora. Confesso que tenho certa cautela/cuidado nessa parte, pois não sou nenhum audiófilo e uma qualidade de áudio minimamente decente costuma me atender bem.

Mas se posso dizer algo sobre a qualidade de áudio desses dois produtos é que ela vai além desse “minimamente decente” capaz de me satisfazer.

MA10

Como temos feito ao longo de todo este review, começaremos falando sobre os fones intra-auriculares. Primeiramente, preciso dizer que o máximo de qualidade que havia usado no dia a dia em fones desse tipo foi com os AirPods de segunda geração, os quais me servem bem em termos de áudio — embora, em bateria…

Surpreendentemente, principalmente dada a diferença gritante na faixa de preço, os fones da Baseus não deixam muito a desejar em relação aos da Maçã nesse quesito — embora em outros, como conectividade e compatibilidade com o ecossistema da Apple, acabem ficando para trás (por motivos óbvios).

O som dele é bastante equilibrado, sendo possível notar bem a qualidade dos graves, dos médios e dos agudos durante a reprodução. O volume foi outra coisa que não decepcionou nem um pouco e os fones conseguiram manter a qualidade mesmo no volume mais alto disponível. Os quatro microfones, por sua vez, proporcionam um som limpo e claro durante ligações.

O cancelamento de ruído de -48dB também é excelente. Para mim, a tecnologia empregada nos fones foi boa o suficiente para me manter isolado do restante do mundo enquanto faço uso do acessório — especialmente porque os uso mais fora de casa e em ambientes muito movimentados/barulhentos.

Os controles via aplicativo oficial da Baseus também são bastante eficientes. Eles permitem configurar o som ambiente tanto para um modo sem qualquer alteração, para um modo transparência e para o modo de redução de ruído — o qual, ainda permite alterar entre algumas predefinições (comunicação, dentro e fora de casa) ou definir um nível de cancelamento desejado no modo personalizável.

Há também o modo de baixa latência, que permite reduzir o atraso de áudio em relação ao vídeo, e um modo de equalização que conta com diversas predefinições de áudio (como cinema, jazz, rock clássico, etc.) e também permite ao usuário personalizar um conforme seu gosto.

Contando com uma aba que permite visualizar com facilidade a localização dos fones, o app ainda tem uma seção que permite configurar os gestos e definir o que acontece ao dar um toque duplo, um triplo ou pressionar e segurar na parte sensível ao toque de cada um dos fones.

É possível deixar os gestos vazios ou adicionar opções como reproduzir/pausar, avançar/retroceder a faixa, ativar a Siri, ativar o modo de latência, aumentar/diminuir o volume ou alternar entre o modo de som ambiente (ativar/desativar o ANC ou o modo transparência).


Ícone do app Baseus
Baseus de 深圳市倍思科技有限公司
Compatível com iPhones
Versão 2.5.7 (108.7 MB)
Requer o iOS 9.0 ou superior
GrátisBadge - Baixar na App Store Código QR Código QR

H1 Pro

Continuando com os H1 Pro… se aprofundando mais nas especificações de áudio, eles contam com suporte ao padrão Hi-Res Audio, que promete fornecer um som mais nítido e com menos ruído (não confundir com Lossless), bem como o mesmo cancelamento de ruído de -48dB dos fones intra-auriculares.

O cancelamento de ruído desses fones também me agradou — o que foi importante especialmente porque moro em uma rua muito movimentada, onde o barulho constante dos automóveis costuma ser um problema. Se não fosse suficiente, certamente não os preferiria para meu uso doméstico.

A presença de dois drivers duplos (um maior de 40mm para todas as frequências e um de 10mm especialmente para frequências mais altas) faz com que o áudio tocado pelos fones seja bem consistente, equilibrado e ofereça um bom volume (a 40kHz). A latência é outro ponto bastante positivo — para mim, praticamente imperceptível.

Também presente nos fones anteriores, o modo de latência ultra-baixa permite realizar atividades como jogar, assistir a streamings sem praticamente qualquer atraso — mesmo que fones Bluetooth sejam conhecidamente não tão recomendados para quem precisa de respostas imediatas.

Assim como nos MA10, os controles via aplicativo da Baseus contam com acesso à localização e permitem escolher entre predefinições acústicas espaciais (como modo de música e modo cinema) que se adaptam idealmente ao tipo de som que está sendo ouvido (música ao vivo, filmes, etc.).

Ele também conta com as mesmas opções de som ambiente dos MA10 (normal, modo transparência e cancelamento de ruído), bem como o modo de equalização personalizável. Só não há, por motivos óbvios, o menu de edição para toque, visto que ele funciona numa interface de botões físicos.

Preços

Findado o nosso review, vamos falar do mais importante: os preços. Os dois estão disponíveis no site oficial da Baseus no Brasil, mas também é possível adquiri-los por valores bastante convidativos no AliExpress.

Os Bowie MA10, por exemplo, saem por R$480 no site oficial, mas estão sendo vendidos atualmente por incríveis R$220 numa oferta do AliExpress — o que, mesmo com as taxas de importação do Remessa Conforme, sai bem mais em conta que comprar por aqui.

Os Bowie H1 Pro também não ficam para trás em custo benefício. Vendidos oficialmente aqui no Brasil no site oficial da Baseus por R$1.000, eles estão saindo por cerca de R$240 no AliExpress.

A meu ver, os preços dos dois produtos estão muito em conta (principalmente se comprados via AliExpress), visto que entregam uma ótima qualidade de som a um valor relativamente acessível para brasileiros.

NOTA DE TRANSPARÊNCIA: O MacMagazine recebe uma pequena comissão sobre vendas concluídas por meio de links deste post, mas você, como consumidor, não paga nada mais pelos produtos comprando pelos nossos links de afiliado.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Review: Carpuride W903 viabiliza o CarPlay sem fio em qualquer veículo

Próx. Post

Vídeo: carregador de 240W, cabos USB-C, base 2-em-1 e mais da Baseus!

Posts Relacionados