O melhor pedaço da Maçã.

Se a Apple quiser expandir ainda mais seu segmento “Serviços”, terá de conversar com a China

Logo da Apple com bandeira da China

Apple News+. Apple Arcade. Apple TV+. Três plataformas pagas da Maçã lançadas nos últimos meses que representam o foco cada vez mais agudo da empresa no segmento “Serviços” — que, em breve, tornar-se-á o principal motor de crescimento da gigante de Cupertino, superando o iPhone.

Publicidade

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a Apple não contava com a astúcia de Pequim: como informou uma reportagem da Bloomberg, a Maçã tem vários dos seus serviços bloqueados na China, incluindo os três citados no parágrafo acima. Isso põe um ponto de interrogação em cima dos planos da empresa, considerando que o País da Muralha é um dos maiores mercados da Apple — e com potencial de crescer ainda mais.

Apenas um grupo limitado de serviços da Apple está disponível na China: App Store, Apple Music, Podcasts, Apple Pay e iCloud. Outros elementos importantes da estratégia da Maçã, como a iTunes Store, o Apple Card, o aplicativo Apple TV e o Apple Books não se fazem presentes no país (além dos três supracitados, claro).

No caso do Apple TV+ e do Apple Arcade, especificamente, a situação é ainda pior. A Maçã lançou os serviços quase globalmente de forma simultânea (100 e 150 países, respectivamente), algo quase inédito no ramo, porque tem os direitos de todos os conteúdos disponíveis nas plataformas e não precisa negociar contratos ou royalties com terceiros.

Publicidade

A China, entretanto, põe uma série de obstáculos adicionais para a disponibilidade desses serviços — jogos e conteúdos audiovisuais, por exemplo, têm que ser aprovados individualmente pelo governo para terem seus lançamentos aprovados no país. A Apple, presumivelmente, não está disposta (ainda) a passar por esse crivo; por isso, não há nenhuma previsão de chegada dos serviços ao País da Muralha.

Isso é especialmente preocupante considerando que, mesmo com as ondas recentes de boicote, muitos chineses têm iPhones — e, portanto, muitos chineses são consumidores potenciais de todo o catálogo de serviços da Apple, mas não podem entrar no ecossistema por conta dos bloqueios de Pequim.

Sob muitos aspectos, a Apple está sentindo agora a barra que Google e Facebook (empresas que já focavam em serviços muito antes da Maçã) já enfrentaram na China. Obviamente, há uma diferença: as duas empresas deixaram definitivamente o país, enquanto a gigante de Cupertino não tem quaisquer planos de abandonar o mercado chinês.

Publicidade

Ainda assim, se a Apple quiser manter (e expandir) sua expectativa em relação aos próprios serviços, terá de chegar a algum tipo de acordo com Pequim — ou então esquecer de vez um dos seus mercados com maior potencial.

via iDropNews

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

WhatsApp Business agora permite criação de catálogos de produtos; Gmail, 1Password e mais ganham novidades

Próx. Post

Dictation é um app de transcrição de fala com edição dinâmica e processamento local

Posts Relacionados