As primeiras semanas de existência do Apple TV+ têm sido ligeiramente complicadas: algumas das suas séries não foram muito bem-recebidas, alguns usuários elegíveis a um ano grátis do serviço não conseguiram obter os benefícios e muita gente criticou o funcionamento da plataforma, que mistura conteúdos originais (gratuitos para os assinantes) com filmes e séries da iTunes Store, que só podem ser assistidos mediante compra ou aluguel.
Ainda assim, a Apple tem levado o serviço da maneira que pode até que ele seja populado com mais conteúdo original e opções que agradem a um leque maior de público. Hoje, temos algumas novidades sobre o que já existe o que há por vir no Apple TV+ — confiram a seguir.
“Dickinson” é a mais popular
À época do anúncio, ninguém esperava que uma série sobre uma poeta do século XIX com toques propositalmente anacrônicos fosse ser um grande chamariz de público, mas aqui estamos: de acordo com o Business Insider, “Dickinson” é a produção mais popular dessa leva inicial de séries do Apple TV+.
A reportagem cita dados da Parrot Analytics e da sua lista, constantemente atualizada, de séries mais populares das plataformas de streaming. “Dickinson” foi a única produção do Apple TV+ que chegou ao Top 10 da firma na semana passada — superando “For All Mankind”, que parecia ser a série mais aguardada do serviço até dois dias antes da sua estreia (segundo a métrica da Parrot, isto é).
A firma de análise baseia-se em “expressões de demanda” na internet e nas mídias sociais, já que as plataformas de streaming não costumam divulgar números específicos de audiência sobre suas séries. Até o lançamento do Apple TV+, “The Morning Show” parecia ser a série que atraiu menos atenção do público, segundo dados da Parrot — não se sabe como a produção tem se saído após a estreia, entretanto.
“Servant” estreará com três episódios
Enquanto isso, a Apple divulgou uma informação importante sobre a estreia de “Servant”, a aguardada série de M. Night Shyamalan (“O Sexto Sentido”) para o Apple TV+ que chegará no dia 28 próximo. Assim como em outras produções da plataforma, a série estreará com três episódios disponíveis; os capítulos seguintes da produção serão liberados um a um, a cada sexta-feira.
Para quem está prestando atenção, essa é a estratégia da Maçã para prender a atenção dos espectadores nas suas séries: três dos quatro dramas originais que estrearam com o Apple TV+ tiveram esse esquema de lançamento — apenas “Dickinson” foi disponibilizada na plataforma já com a primeira temporada completa.
Vale notar que ontem (19/11) à noite, a Apple fez a première oficial de “Servant” na BAM Howard Gilman Opera House, em Nova York. Confiram algumas fotos do evento [cliquem/toquem nas imagens para ampliá-las]:
Animados?
Críticos de “The Morning Show” são haters?
Por fim, vale comentar também uma declaração de duas das produtoras executivas de “The Morning Show”, Kerry Ehrin e Mimi Leder. Segundo elas, as críticas negativas recebidas inicialmente pela série vieram de “haters da Apple” e pessoas que queriam ver a Maçã falhar na sua iniciativa de conteúdo original.
As produtoras foram convidadas especiais da conferência Recode Code Media, em Los Angeles, e compartilharam essa impressão. Leder falou o seguinte:
Quando as críticas começaram a aparecer, eu não sabia que série eles estavam assistindo. E eu só meio que pensei que estavam todos loucos. Eu senti que havia muitos haters da Apple e pessoas querendo que a Apple fracassasse. A boa notícia é que as pessoas amam a série, e nós amamos a série, e é isso que importa.
De fato, há uma grande disparidade entre as avaliações de “The Morning Show” considerando crítica e público: no agregador Rotten Tomatoes, a série tem 63% de aprovação dos críticos especializados e 95% de aprovação da audiência geral. Isso não chega a ser um fenômeno raro — basta ver as taxas de aprovação (ou reprovação) da franquia “Transformers” ou de muitos dos filmes de Adam Sandler, por exemplo.
Leder falou que, críticas à parte, a equipe e o elenco da série estão simplesmente esforçados em criar o melhor conteúdo possível.
Nós focamos somente na história que estamos contando, nos personagens que temos. Estamos dentro disso. Então quando você vê as críticas que estão vendo a coisa sob o aspecto do negócio, tipo “o que a Apple está fazendo” ou “eles gastaram dinheiro demais nisso”, isso é meio separado de nós.
Então tá, né?