Os fantasmas do “passado” da Maçã (leia-se: o teclado borboleta de MacBooks) continuam a assombrar a companhia: nesta semana, o juiz Edward Davila rejeitou o pedido da Apple para arquivar uma ação coletiva contra a empresa sobre o seu problemático teclado, como noticiado pela Reuters.
Isso significa que o processo seguirá para as instâncias superiores da justiça americana, que analisarão se a Maçã “enganou” os seus consumidores a acharem que os problemas envolvendo esse tipo de mecanismo poderiam ser solucionados. Para os clientes da companhia que deram início à ação, a Apple sabia e ocultou o fato de que seus notebooks tinham teclados propensos a falhas, além de alegar que o programa de reparo da companhia não foi uma solução eficaz.
Segundo Davila, a Apple deve assumir que o programa de reparo lançado no meio do ano passado foi “inadequado” e que a companhia deveria “compensar os clientes por suas despesas com reparos”, mas essa não é uma decisão definitiva, ainda.
Os demandantes buscam uma indenização não especificada por violações das leis de proteção ao consumidor em várias situações. O processo teve início em 2018 e abrange todos modelos de MacBooks (MacBook, MacBook Air e MacBook Pro) lançados a partir de 2016 e equipados com o teclado borboleta.
Como sabemos, a companhia tentou consertar esse mecanismo nos seus lançamentos passados para torná-lo mais durável, mas não obteve sucesso. A “solução” veio mesmo com o abandono desse design do teclado do MacBook Pro de 16 polegadas, o qual voltou a adotar o mecanismo tesoura dos notebooks mais antigos (porém melhorado, é claro).
Isso, no entanto, não significa que daqui para frente não haverá mais problemas com os teclados de MacBooks, afinal os modelos Air e Pro de 13″ que ainda são comercializados são equipados com essa tecnologia — logo, pode ser que mais problemas apareçam a qualquer momento.