No ano passado, falamos aqui sobre um investimento de R$35 milhões que a Apple estava fazendo na joint-venture Elysis, uma colaboração entre duas das maiores mineradoras/metalúrgicas do mundo (a Alcoa e a Rio Tinto) que tem como objetivo pôr em prática um método inovador de fundição do alumínio, o qual não emite monóxido de carbono ou quaisquer outros gases poluentes.
Pois aqui estamos, mais de um ano e meio depois, e já temos o primeiro marco da parceria: de acordo com a Reuters, a Apple foi a compradora da primeiríssima leva de alumínio “limpo” da Elysis, ainda em fase de testes. O material será despachado das instalações de pesquisa da Alcoa em Pittsburgh (Estados Unidos) e usado em determinados produtos da Maçã — só não sabemos quais, ainda.
A Elysis recebeu, no total, um investimento de US$144 milhões (cerca de R$600 milhões); além da contribuição da Apple, a joint-venture recebeu também dinheiro das duas empresas (Alcoa e Rio Tinto) e dos governos do Canadá e da província de Quebec. Agora, com a primeira leva de alumínio limpo devidamente produzida, as empresas construirão instalações de fundição para aplicar o método em escala comercial; a tecnologia será, também, licenciada para que outras metalúrgicas possam modificar suas instalações e adotar o novo método de fundição.
A vice-presidente de iniciativas políticas, sociais e ambientais da Apple, Lisa Jackson, fez uma breve declaração sobre a novidade:
Por mais de 130 anos, o alumínio — um material tão comum para tantos produtos usados diariamente pelos consumidores — tem sido produzido da mesma forma. Isso está para mudar.
Ainda não se sabe quando a produção em larga escala do alumínio limpo será iniciada, mas a conclusão dos testes dá uma boa indicação de que veremos, em breve, o material sendo empregado em produtos da Apple e de outras empresas. Enquanto isso, a Maçã vai se usando de paliativos — como o uso de alumínio reciclado em dispositivos como o MacBook Air e o Mac mini.
Boas novas, não?
via MacRumors