O melhor pedaço da Maçã.

Phil Schiller fala sobre criação do iPad em retrospectiva do New York Times

Uma retrospectiva bem legal sobre um dos produtos que definiu a década
Phil Schiller com iPad

Querem mais retrospectivas da década que está se despedindo? Pois o New York Times acabou de publicar uma das mais interessantes: num longo artigo interativo intitulado “A Década em que a Tecnologia se Perdeu”, os jornalistas da publicação listam os acontecimentos tecnológicos mais importantes dos últimos dez anos, ouvindo, em cada caso, pessoas próximas do assunto.

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Em uma das seções mais legais, o NYT destacou a criação do iPad — já nomeado pela TIME como um dos gadgets da década — e ouviu ninguém menos que Phil Schiller, um dos executivos mais importantes da Maçã (e um dos mais envolvidos na gênese do tablet essencial).

Segundo Schiller, o projeto do iPad começou com os executivos e engenheiros da Apple pensando “no futuro da computação abaixo de US$500”, quebrando a cabeça sobre como incorporar a qualidade e a experiência típica da Maçã num dispositivo desse tipo. Foi aí que Steve Jobs e sua turma perceberam que a solução seria começar a remover coisas do produto.

Muito rapidamente, a equipe e Steve perceberam: “Bom, se nós queremos chegar a esse preço, precisamos retirar coisas [do produto] agressivamente.” Então adeus design dobrável, adeus teclado separado. Portanto, seria necessário digitar na tela.

Todo esse processo, vale notar, aconteceu em meados da década de 2000, muito antes de o iPhone sequer ser revelado ao público. Foi nesse período que o designer Bas Ording apresentou um conceito de interface baseada no toque que respeitava as leis da Física — ou seja, ao rolar uma lista, ela se movia para cima e para baixo de forma realista, com aceleração e velocidade “real”. Era o vislumbre do futuro.

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Schiller continua:

Em paralelo a tudo isso, o iPod tinha decolado. Nós sabíamos do risco de que, um dia, um celular poderia tocar música — e que você não mais carregaria dois dispositivos, mas apenas um. Nós resolvemos cuidar disso e resolver isso. Então decidimos que precisávamos fazer um telefone, um telefone que pudesse substituir o iPod.

E essa é a história de como as interfaces multi-toque baseadas em leis da Física, criadas originalmente para o (que viria a ser o) iPad, foram parar primeiro no iPhone. Só quando o smartphone já estava na sua segunda geração é que a Apple voltou suas atenções novamente ao tablet, lançando-o em abril de 2010.

Walt Mossberg

Vale destacar, também, o depoimento de Walt Mossberg sobre o lançamento do iPad. O celebrado jornalista do mundo tecnológico, amigo de Steve Jobs, foi convidado pelo cofundador da Apple à sua mansão para uma prévia exclusiva do tablet.

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Eu tento nunca ser positivo ou negativo até ter realmente testado alguma coisa. Mas eu me impressionei. Fiquei impressionado com a espessura daquilo. Em particular, ele [Jobs] foi cuidadoso em me mostrar que aquilo não era só um iPhone maior.

Mossberg lembra, também, que Jobs pediu que ele tentasse adivinhar o preço do futuro iPad. O jornalista chutou US$1.000, e recebeu de volta um sorriso perverso do CEO, que não revelou o valor real do tablet — Jobs afirmou apenas que seria “muito abaixo” daquilo.

O preço do iPad foi, de fato, uma das grandes jogadas de marketing da Apple: antes do seu lançamento, fontes de rumores especulavam que o dispositivo custaria entre US$800 e US$1.000. Quando a Apple anunciou que ele sairia a partir de US$500, a empresa angariou para si mesma um enorme buzz positivo — sem precisar baixar em um centavo o preço que tinha em mente desde o início da criação do produto.

Divertido, não?

via MacRumors

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